O pasquim Púbico publicou no FaceBook a seguinte notícia:
“João Reis entra nas estatísticas de que ninguém gosta de falar: de portugueses formados que não encontram emprego no país e que decidem emigrar mas, mesmo fora, só encontram trabalho não qualificado”.
→ O João dos "mil ofícios" que não consegue viver disso em Portugal
Eu fiz o seguinte comentário:
“Que tal cortar o cabelo, para começar?”
O João dos “mil ofícios”, de que nos fala o pasquim Púbico, é este aqui em baixo:
O leitor não imagina o chorrilho de insultos que eu recebi em reacção ao meu comentário. ¿E por que razão tive esta reacção? Porque, em Portugal, já não existe qualquer noção de disciplina, na cultura antropológica. A simples ideia do dever de cuidar minimamente da aparência exterior causa escândalo, porque a mentalidade portuguesa é hoje indisciplinada.
Muita gente pensa que uma empresa privada tem obrigação de dar trabalho a quem quer que seja; pensa-se que uma empresa privada não tem direito a escolhas privadas. E, portanto, pensa-se o João dos “mil ofícios”, com aquele cabelo desgrenhado e aspecto de delinquente, tem igual direito a ser admitido em uma empresa privada quando comparado com outra pessoa com um curriculum semelhante mas com um aspecto minimamente cuidado e disciplinado.
Das duas, uma: ou o João dos “mil ofícios” tem uma fraca auto-estima, e neste caso provavelmente terá alergia ao banho; ou então tem um desprezo pelos outros, porque não compreende que uma empresa tem sempre uma cultura própria que exige um mínimo de homogeneidade comportamental e disciplinar por parte dos seus colaboradores.
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