Uma das características da mente revolucionária é a certeza do futuro. Não se trata apenas de avaliação de tendências ou de probabilidades: por exemplo, se eu vejo um carro a 120 Km/h em uma rua estreita da cidade, posso afirmar que existe uma forte possibilidade e até probabilidade de o carro provocar um acidente grave — o que pode não acontecer. A probabilidade (no sentido epistemológico, e não no sentido matemático) é estatística — baseia-se na nossa experiência do passado.
A probabilidade, concebida por uma mente sã, opõe-se à certeza do futuro que caracteriza a anomalia da mente revolucionária do Boaventura Sousa Santos.
Eu devo dizer que não gosto dos Estados Unidos de Obama — nem um pouco! — e por isso tolero, até certo ponto, a Rússia de Putin que representa hoje muito mais a tradição cristã do que o muçulmano Obama. E a ironia que encontro neste texto de Boaventura Sousa Santos é a de que, atacando ele Obama e aquilo que ele representa a nível cultural e político, por um lado, e por outro lado vitimizando a Rússia, Boaventura Sousa Santos aproxima-se das posições políticas de Marine Le Pen!
A imagem é extraordinária, espero que não se importe de eu a ter usado aqui:
ResponderEliminarhttp://historiamaximus.blogspot.pt/2014/12/que-mal-fizeram-os-ucranianos.html
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