“Um político corrupto pode ser padrinho de baptismo de uma criança só porque ele se casou pela Igreja Católica; mas um qualquer divorciado recasado já não pode! É preciso mudar as coisas, as escalas de valor”
Em primeiro lugar, era preciso saber se o político é mesmo corrupto, porque a classificação de “corrupto” não depende da opinião pessoal do papa Bergoglio.
Depois, o facto de o dito político ser mesmo corrupto, não tem nada ver com o casamento católico dele.
Um político pode ser corrupto e ser bom marido, fiel à esposa, e até bom pai. Não tem nada a ver o cós com as calças. Ou seja, o papa Bergoglio incorre na falácia lógica conhecida por Ignoratio Elenchi.
O papa Bergoglio pretende utilizar a casuística para destruir qualquer nexo que possa existir na tradição da Igreja Católica e no Direito Canónico, que, por sua vez, se baseia nos Evangelhos.
Dizendo que “cada caso é um caso”, na prática todos os casos passarão a ser equivalentes.
E passando a não existir uma bitola de referência porque todos os casos são equivalentes, o tal político corrupto poderá divorciar-se à vontade porque continuará candidato a padrinho de baptismo de uma qualquer criança.
Quando o papa Bergoglio fala, faz-me lembrar um militante do Bloco de Esquerda: “¡Alles muss Anders sein!” — chega mesmo ao ponto de querer mudar os Evangelhos, nomeadamente Mateus 5, 31-32 e Lucas 16,18.
Um dia destes vamos ter um “Evangelho segundo o papa Bergoglio” (com a ajuda do Frei Bento Domingues).
Sem comentários:
Enviar um comentário
Neste blogue não são permitidos comentários anónimos.