quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

O Frei Bento Domingues e Judas Iscariotes

 


«Para “sentir com a Igreja” era recomendada uma estranha e irracional atitude: se vires que uma coisa é preta, mas a hierarquia disser que é branca, conforma-te com a voz da hierarquia!»

Frei Bento Domingues

Parece que o Frei Bento Domingues se está a referir ao consulado do papa Bergoglio, mas não está: antes havia uma hierarquia na Igreja Católica; hoje, com o papa Bergoglio, a hierarquia é o próprio "papa Francisco".

Dantes ainda havia vozes dissonantes na Igreja Católica; hoje, com o papa Bergoglio, as vozes dissonantes são condenadas ao ostracismo. É muito mais — sem qualquer comparação —  fundamentalista o papa Bergoglio que o Papa Bento XVI ou João Paulo II: só que é muito mais difícil (senão mesmo impossível!) a um fundamentalista, como é o Frei Bento Domingues, criticar outro.

E é este papa fundamentalista que chama de “conservadores” aos católicos que não sejam fundamentalistas. Segundo o papa Bergoglio, os bons católicos têm que ser (politicamente) fundamentalistas.

Ao contrário do que acontece no fundamentalismo islâmico, o fundamentalismo católico do papa Bergoglio baseia-se em uma ideia dos Evangelhos que não existe objectivamente porque não está documentada na sua forma escrita. Não há nada na palavra de Jesus Cristo que fundamente, por exemplo, a Teologia da Libertação que justifica a violência. Nem há nada na palavra de Jesus Cristo que incentive a promiscuidade entre as ideologias políticas — por exemplo, a de Judas Iscariotes — e a religião.

Judas Iscariotes — tal como o Frei Bento Domingues — lamentava-se que uma certa mulher gastasse dinheiro com um perfume com que untou os pés de Jesus; dizia Judas Iscariotes — tal como o Frei Bento Domingues e o papa Bergoglio  — que “aquele dinheiro fazia falta aos pobres”. Mas foi Judas Iscariotes que, mais tarde, vendeu Jesus Cristo por trinta moedas, alegadamente para as dar aos pobres. A dádiva aos pobres justificou, segundo Judas Iscariotes, a traição em relação a Jesus Cristo.

É assim que Frei Bento Domingues — na linha do seu guru papa Bergoglio — pensa: a dádiva aos pobres justifica a traição em relação a Jesus Cristo. Isso é ideologia política mascarada de religião.

Pensam o Frei Bento Domingues e o papa Bergoglio que, destruindo a Igreja Católica, a farão renascer das cinzas. Acreditam, através de uma fé metastática, que existem os católicos que devem ser afastados senão mesmo excomungados na esperança de que os não-católicos — aqueles bons progressistas agnósticos e até ateus —  se convertam.

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