sábado, 7 de fevereiro de 2015

Quando a religião obedece a critérios políticos

 

Brasileiro que se preze, ou alinha com Fidel Castro, ou alinha com os Estados Unidos. Não há meio-termo.

mapa mundi brasileiroO primeiro nega a História, e o segundo também — embora de forma diferente. De uma maneira ou de outra, pretende-se negar ou minimizar legado histórico da Europa.

Um brasileiro escreveu um dia em um comentário neste blogue que “o Brasil se encontra em baixo no mapa-múndi, e a culpa é da Europa que desenhou o mapa-múndi”. Respondi que a Austrália também está em baixo no mapa-múndi e não consta que os australianos se sintam complexados por esse facto.

O seguidismo brasileiro em relação aos Estados Unidos — ou a Cuba, depende dos casos — é de tal forma que a própria religião obedece a critérios políticos: a boa religião é americana ou controlada pelos americanos, e a má religião é russa. “Ou é por mim, ou então é contra mim”.

Quando nós vemos que a Igreja Católica do "papa Francisco" cede em toda a linha em relação ao politicamente correcto marxista cultural — é uma evidência: nem é preciso demonstrar! — , e verificamos que a Igreja Ortodoxa Russa resiste a esse mesmo politicamente correcto, é espantoso que alguém que se diga “católico” venha diabolizar a Igreja Ortodoxa Russa: essa diabolização é um acto político e nada tem a ver com a religião propriamente dita.

A Igreja Ortodoxa Russa tem defeitos? Claro que tem! Mas isso não significa que a Igreja Católica do "papa Francisco" seja perfeita. Nem significa que a actual Igreja Católica do "papa Francisco" tenha autoridade moral para dar lições de teologia à  Igreja Ortodoxa Russa.

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