Uma das características nefastas do politicamente correcto é a incapacidade da assunção do absurdo, exactamente porque vive e alimenta-se do absurdo. Na companhia de um grupelho politicamente correcto, é impossível contar uma anedota de alentejanos sem que sejamos olhados de soslaio; e uma anedota de gays, então, nem sequer tem direito a um sorriso amarelo.
Muitas vezes as anedotas são de mau gosto; mas não deixam de ser anedotas. Mas Francisco Louçã, e outros da sua (dele) laia, entendem o anedotário à letra: não concebem o absurdo no discurso talvez porque pretendam ter o monopólio cultural do absurdo. E sem a imposição do absurdo “intelectual” na sociedade, teríamos o Francisco Louçã a cavar batatas.
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