Assim como Freud é um caso freudiano, a Fernanda Câncio é um caso “cânciano”. A sua “compagnon de route” Ana Matos Pires deveria analisá-la.
O discurso, para além de ser irrealista (por exemplo: um polícia que, no meio de uma acção violenta por parte de um colega, protegeu uma criança, segundo a Câncio não fez mais do que a sua obrigação espontânea: a Fernanda Câncio não faz a puta da ideia do que é estar em um ambiente de tensão colectiva, e depois caga postas de pescada desta índole), confunde e mistura situações diferentes, como foi a agressão policial a uma família em Guimarães, por um lado, e a defesa policial na praça do Marquês de Pombal, por outro lado. Mete tudo no mesmo saco; nós é que já não temos saco para meter a Fernanda Câncio.
Fico sem saber o que significa “democratizar a polícia”; gostaria de saber em que país do mundo existe empiricamente uma “democratização da polícia”.
A função de qualquer polícia é essencialmente a de repressão, assim como a função da lei é a de punição. Se a Fernanda Câncio pretende abolir a polícia e a lei, então que se coloque por exemplo no meio de meia dúzia de gandulos no Bairro Alto pela madrugada; mas não se mexa muito, para não lhes dar mais prazer. Pelo menos seria consequente.
Eu fico perplexo com o facto da Fernanda Câncio se ter alcandorado a fazedora de opinião neste país; ou então terei que dar razão ao povo: “quem tem uma vagina tem uma mina; e quem tem um pénis tem um caralho!”.
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