sábado, 2 de maio de 2015

O Fernando Gomes que não venha ao Porto #SomosPorto

 

Se eu fosse o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, o Fernando Gomes, teria muitas cautelas se viesse aqui ao norte; viria disfarçado ou incógnito por um período curto; ou então deixava-me estar quieto lá por Lisboa. Aliás, ele também é daqui da região e deve saber que, por vezes, somos pouco higiénicos: limpamos-lhe o sebo em vez de lhe dar banho.

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, que é responsável máximo pelo futebol português, por um lado, e por outro lado, o presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, Vítor Pereira, legalizaram em Portugal o conceito de “corrupção no futebol”. A corrupção no futebol passou a ser legal por via do dirigismo de topo.

Não se trata agora de “corrupção dos árbitros” entendida literal- e directamente: trata-se de corrupção do dirigismo desportivo ao seu mais alto nível.

Por exemplo:

1/ A nomeação do árbitro João Capela para dirigir o próximo jogo entre o Benfica e o Gil Vicente — sabendo-se que o mesmo árbitro (o João Capela) já tinha dirigido o outro jogo entre o Benfica e o Gil Vicente da primeira volta do campeonato, e em que beneficiou descaradamente o Benfica com um golo em fora-de-jogo de mais de três metros — é sinal ostensivo de corrupção do mais alto dirigismo no futebol português.

2/ As declarações do presidente do Sporting Clube de Portugal, Bruno de Carvalho, segundo o qual o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, lhe tinha garantido vitórias no campeonato em troca de uma aliança entre os dois clubes contra o FC Porto — essas declarações nunca foram investigadas pela Polícia Judiciária, exactamente porque já não estamos aqui propriamente a falar de corrupção de árbitros: a corrupção e o tráfico de influências no futebol português atingiu um nível tão alto que qualquer investigação da Polícia Judiciária colocaria em causa a própria Federação Portuguesa de Futebol e os seus dirigentes máximos.

Portanto, perante isto, o adepto do FC Porto não pode fazer nada senão garantir que Fernando Gomes não visite os seus familiares aqui no norte. Ou então que venha camuflado, porque é muito difícil passar incógnito na cidade do Porto por muito tempo. Ele deve saber bem a índole do povo nortenho, e por isso deve tomar as devidas precauções.

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