segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Os me®dia, o Partido Socialista, Alexandre Quintanilha, e o "direito à diferença"

 

“Uma transexual, uma cega, dois negros, uma refugiada e um cientista que poderá vir a tornar--se o primeiro ministro assumidamente gay: o I foi conhecer os rostos dos candidatos que poderão quebrar a monotonia no hemiciclo”.

Legislativas. Há lugar para as minorias no parlamento?

Antes de entrar na página do Jornal I, devo informar o leitor de que a referida página tem uma espécie de vírus informático. Mas não só: o vírus também é ideológico. Ademais, escreve-se “transsexual” (ou “trans-sexual”, se quiser), e não “transexual”.

O artigo é assinado pelo jornaleiro José Paiva Capucho, e revela o nível a que chegou o jornalismo em Portugal. Um jornalista deve possuir um espírito crítico; a culpa não é dele: é de quem controla o jornal.

1/ Uma pessoa deve ser escolhida para uma determinada função (neste caso, para deputada) porque tem valor intrínseco e capacidade necessários — e não porque é homossexual, mulher, preto, ou cega.

A lógica da narrativa do jornaleiro é arrepiante. O conceito de “minorias ao poder”, assumido nomeadamente por Alexandre Quintanilha, é sinónimo da reivindicação política do “direito à diferença” que é, em si mesmo, um conceito fascista. Existe um novo fascismo na Esquerda.

“Direito à diferença” não é a mesma coisa que “respeito pela diferença”.

A reivindicação de um “direito à diferença”, para além de ser contraditória e perigosa, é ideologicamente fascizante; ou, pelo menos, é tolerante em relação a uma nova espécie de fascismo. Repare-se nesta proposição do maçon Adelino Maltez (respigada do artigo):

"Somos tolerantes porque as minorias não nos ameaçam".

O primeiro-ministro inglês Chamberlain diria o mesmo de Hitler: "Somos tolerantes porque os nazis não nos ameaçam". E depois foi o que se viu. Ressalvadas as devidas proporções: assim como os nazis reivindicavam o “direito à diferença”, existe na actual cultura de Esquerda e maçónica uma reivindicação do “direito à diferença”.

O conceito de "direito à diferença" é contraditório na medida em que os Direitos do Homem têm como fundamento o princípio da igualdade natural de todos os seres humanos. O "direito à diferença" é contra os Direitos do Homem.

É perigoso porque reivindica direitos especiais para o que são consideradas “minorias” — por exemplo, para gays, para cegos, para pretos, e mesmo até para mulheres —, o que conduz a um retrocesso no princípio de igualdade.

O racismo, por exemplo (ou mesmo a misoginia do marialva), surge hoje como uma reacção suscitada por uma cultura de indiferenciação que resulta do igualitarismo politicamente correcto (“todos iguais em valor, independentemente do valor de cada um”) — e não já pela rejeição da diferença, como acontecia eventualmente no passado. Por outras palavras: o racismo já não é hoje a rejeição da diferença, mas antes é uma reacção contra uma cultura de indiferenciação igualitarista politicamente correcta. Isto significa que a Esquerda promove um novo tipo de racismo através do conceito de "direito à diferença"; e esta promoção de um novo tipo de racismo é propositada.

2/ Confundir, por exemplo, a cor da pele, ou a cor dos olhos, por um lado, com uma idiossincrasia (subjectiva), por outro lado, é uma monstruosidade cultural propalada pela Esquerda.

Não existe um gene gay. Quando o Alexandre Quintanilha, que se diz cientista, demonstrar que existe um gene gay, então será possível colocar em uma mesma categoria a existência de um preto e de um gay. A comparação entre um gay e um preto não é só monstruosa: é um verdadeiro atentado à condição humana e ao livre-arbítrio que a caracteriza.

Ninguém nasce gay. Todos os pretos nascem pretos. A negritude é uma característica determinada pela natureza humana: a homossexualidade não é.

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