sábado, 24 de outubro de 2015

O Anselmo Borges, o papa-açorda Francisco, e a teologia da confusão

 

O Anselmo Borges escreveu um artigo de que podemos retirar as seguintes conclusões:

  1. Se uma (alegada) maioria vive separada de uma doutrina, muda-se a doutrina (Argumentum ad Numerum);
  2. Se existem factos que não se adequam à lei, tem que se adequar necessariamente a lei a esses factos (falácia naturalista e apelo à natureza);
  3. Não existe contradição entre uma doutrina e a sua não-aplicação prática (negação do princípio de identidade);
  4. negação do conceito de “casamento” segundo S. Paulo e Santo Agostinho, que criticaram a promiscuidade pagã;
  5. a “Graça de Deus” não depende do esforço e da receptividade da pessoa enquanto tal; em vez disso, depende da mudança nominal e burocrática de uma determinada classificação normativa;
  6. a excepção é uma regra enquanto tal; e, por isso, têm que existir excepções sem regras na medida em que devem existir regras sem excepções;
  7. se, por exemplo, há alegadamente “valores positivos” na poligamia islâmica, o casamento poligâmico tem que ser valorizado de igual forma — porque “não se pode desconhecer que há valores positivos em outras formas de família”;1
  8. o acesso ao baptismo de crianças deve estar sujeito à agenda política e me®diática de movimentos ideológicos anticatólicos; a Igreja Católica deve aceitar no seu seio aquilo que a pretende destruir;
  9. a ética é subjectiva, e o que conta é a putativa intencionalidade das pessoas: “na presença de casais do mesmo sexo estáveis, com compromisso de amor fiel e duradouro, poderão receber uma bênção e devem poder participar na vida da Igreja”. Isto significa que têm que existir 7 mil milhões de éticas, o mesmo número das pessoas do planeta.
  10. Não devemos fazer juízos de valor sobre os outros — excepto sobre aqueles que fazem juízos de valor sobre os outros.
  11. Embora se saiba hoje que a pílula anti-conceptiva é prejudicial à saúde da mulher e chega provocar a morte (conforme documentação factual existente), a Igreja Católica deve admitir doutrinariamente o seu uso;
  12. um “ex-padre casado” é a mesma coisa que um “padre casado”;
  13. um “ex-padre casado” é a mesma coisa que um outro homem “casado, divorciado, recasado, divorciado, tornado a casar, divorciado e tornado a recasar”; deve ser tudo igual.
  14. Na medida em que a Igreja Católica não obedece ao papa-açorda Francisco, vem aí o caos e o fim do mundo através do papão da “debandada geral”.


“A vida é um bem fundamental, mas não é um bem absoluto e incondicionado. Se o fosse, como justificar, por exemplo, o martírio voluntário e a morte em legítima defesa?”

Anselmo Borges, “Padre” católico


“O aborto não é, como dizem, simplesmente um assassinato. É um roubo… Nem pode haver roubo maior. Porque, ao malogrado nascituro, rouba-se-lhe este mundo, o céu, as estrelas, o universo, tudo. O aborto é o roubo infinito”.

→ Mário Quintana, escritor brasileiro

Nota
1. Aplica-se aqui a definição de “politicamente correcto”: é uma doutrina promovida por uma minoria ilógica e desfasada da realidade (psicótica), e radicalmente propagandeada pelos me®dia sem escrúpulos, que defende o princípio segundo o qual é perfeitamente possível agarrar um cagalhão pela sua parte mais limpa.

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