sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

O valor do corpo nu na cultura antropológica

 

A fotografia em baixo foi tirada recentemente na Suécia e mostra duas jovens mulheres, sensivelmente da mesma idade mas com idiossincrasias culturais diferentes.

choque de culturas web

Em ambas as mulheres, o aspecto sexual é valorizado, embora de maneiras diferentes.

A sueca ruiva mostra o pernão até às cuecas, e ela sabe — pelo menos inconsciente- e/ou intuitivamente — que se trata de uma demonstração de apelo sexual: não passa pela cabeça de ninguém que, com o frio sueco, uma mulher ande com o pernão à mostra senão por razões ligadas à sua própria sexualidade.

Naturalmente que as feministas dirão que “a sueca ruiva apenas afirma a individualidade feminina na cultura antropológica”; mas a verdade é que a morena islâmica também afirma (de forma diferente) a sua individualidade feminina na cultura antropológica — e portanto o argumento das feministas não é válido se for restrito à sueca ruiva.

O que difere, na cultura das duas mulheres, é o tipo de apelo sexual, ou a forma como entendem que a sua sexualidade é mais apelativa: a ruiva sueca entende que a exposição pública dos seus pêlos púbicos é uma forma eficaz de apelo sexual; e a morena islâmica pensa que a cobertura do corpo é uma forma mais eficaz de apelo sexual.

« A beleza de um corpo nu só a sentem as raças vestidas. » — Fernando Pessoa, “Livro do Desassossego”

Quando uma “raça” — no sentido de “cultura” — deixa de valorizar a vestimenta que cobre o corpo, desvaloriza também a beleza do corpo nu. Mas essa desvalorização do corpo nu não é apenas estética: é também ética — porque uma conduta ética é uma conduta estética satisfatória — e, depois, política.

Quando o corpo nu é desvalorizado (perde valor) na cultura antropológica, a estética é também desvalorizada, e a ética sofre as consequências dessa desvalorização. E toda esta perda de valor tem consequências políticas, na medida em que a forma de afirmação sexual da sueca ruiva tem como consequência exactamente o oposto do que ela pretendia: a perda de valor do corpo nu, e, portanto, a perda de valor do seu apelo sexual. E com a perda de valor do apelo sexual diminui automaticamente a probabilidade de se assegurar a continuidade e o futuro da sociedade através da procriação.

Aquela fotografia mostra-nos duas culturas diferentes num mesmo país: uma cultura moribunda, a da sueca ruiva, que não assegura a sua continuidade geracional porque desvaloriza o corpo nu; e uma cultura viçosa, a da morena islâmica, que encarna uma “raça vestida que aprecia a beleza do corpo nu” (dá valor ao corpo nu), e que será provavelmente a cultura predominante na Suécia em algumas décadas.

1 comentário:

  1. Divulguei:

    http://historiamaximus.blogspot.pt/2015/12/o-valor-do-corpo-nu-na-cultura.html

    ResponderEliminar

Neste blogue não são permitidos comentários anónimos.