Por vezes dou razão aos que criticam a democracia, porque a democracia pretende dar legitimidade à ignorância, por um lado, e por outro lado consegue fazer da ignorância uma manifestação de sabedoria. Dou como exemplo uma publicação no Twitter:
¿Como é possível compatibilizar o Islão, por um lado, e por outro lado o movimento LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros]?
Alguém poderá pensar: “trata-se de uma manifestação isolada”. Não é! Aquele burro que publicou aquilo pode ser ignorante, mas a sua ignorância é induzida pelas elites da Esquerda. Aquela burrice não saiu dele por acaso: foi programada, como se pode ver (também) aqui.
Uma pessoa (ou um movimento político) pode ser radical se tiver, no seu ideário, alguma razão (“radical” vem de “raiz”: o retorno à raiz das situações e dos problemas). O que não se admite é que se seja radical sem razão.
A radicalização estupidificada do discurso de esquerda deixa pouco espaço de manobra à sociedade em geral. A radicalização absurda da Esquerda não tem outro remédio senão a exigência da radicalização em sentido contrário — o que significa, literalmente, colocar em causa a democracia.
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