“Cristo não se pronunciou acerca de todas as questões da existência humana (v.g., eutanásia). Depois da sua morte, passou a competir à Igreja interpretar e exprimir o julgamento de Cristo acerca de cada nova ou velha questão que se põe à humanidade”.
O que o Pedro Arroja escreve não corresponde à verdade. Jesus Cristo (Lucas 6, 31) falou da regra de ouro que, interpretada racionalmente, demonstra o contrário do que diz o Pedro Arroja. A regra de ouro engloba, em uma síntese, todas as questões da existência humana.
Naturalmente que se interpretarmos a regra de ouro de forma irracional, chegamos à conclusão de que o suicida deseja que toda a gente se suicide. Ou seja, a regra de ouro só se aplica no seu sentido positivo, porque se interpretada no sentido negativo, torna-se absurda e niilista.
A interpretação racional da regra de ouro diz-nos o seguinte: só se encontrarmos um sentido de vida seremos capazes também de suportar o sofrimento e a caducidade.
Quem tem a certeza do sentido da sua vida, pode morrer — por exemplo, Sócrates ou Jesus Cristo. Pelo contrário, quem sofreu uma perda do sentido de vida nem sequer pode morrer: a morte acontece-lhe; morre miseravelmente.
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