segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Paulo Rangel faz uma confusão entre Estado, por um lado, e política, por outro lado

 

A leitura deste artigo do Pedro Arroja levou-me a este artigo no jornal Púbico:

“Ao PÚBLICO, Paulo Rangel explica as razões que o levaram a escrever este ensaio, que procura demonstrar que a separação entre a religião e a política tem a sua origem no Cristianismo”.

Paulo Rangel, Jesus Cristo e a política

Parece-me que o Rangel confunde Estado e política.

De facto, o Cristianismo separou a religião e o Estado, mas Jesus Cristo nunca separou a política e a religião. Quando Jesus Cristo diz que “dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”, “César” simbolizava o Estado imperial romano; e aqui, Jesus Cristo marca uma linha divisória entre o Estado e a religião.

Por outro lado, Paulo Rangel não considera as ideologias políticas como formas modernas de religiosidade (as “religiões políticas imanentes”, segundo a terminologia de Eric Voegelin).

Separar a política e a religião — seja esta qual for — é uma impossibilidade objectiva.

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