“Ora, um dos aspectos mais complexos de uma alteridade cultural, que representa uma fronteira "civilizacional", é o modo como no mundo do Islão todas as tentativas de modernização têm encalhado na dificuldade de conceber um papel diferente para a mulher, que não a considere propriedade dos homens, do marido aos irmãos e aos pais, e que não a marque com um vestuário humilhante que se destina a mostrar a sua subjugação”.
Uma coisa é a tradição religiosa, que se constrói sobre os costumes que mudam ao longo do tempo; outra coisa, diferente, é a doutrina de uma religião.
Por exemplo, existem tradições na religião cristã que são polémicas (a pena-de-morte, por exemplo, que é defendida pela Igreja Católica em “certos casos”), mas a doutrina cristã não defende a pena-de-morte: pelo contrário!, por exemplo em S. Paulo vemos claro a condenação da pena-de-morte. Nunca, em lugar nenhum lugar, Jesus Cristo defendeu a pena-de-morte.
De forma idêntica, nos escritos autênticos de S. Paulo (excluindo os “falsos Paulos”), a igualdade natural da mulher e do homem é defendida. Segundo o Evangelho de S. João, a primeira pessoa a quem Jesus Cristo apareceu depois da crucificação foi a uma mulher (Salomé, salvo erro Maria Madalena); e só depois se fez aparecer aos discípulos homens.
Mas, no Alcorão — que é a base da doutrina do Islão — está clara- e insofismavelmente plasmada a inferioridade ontológica da mulher em relação ao homem.
A maior parte dos comentários que aparecem nos me®dia acerca do Islão, devem-se a pura ignorância.
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