sábado, 2 de abril de 2016

A prova de que o politicamente correcto se expandiu a partir dos Estados Unidos

 

“As jogadoras norte-americanas sentem-se injustiçadas com as diferenças salariais existentes entre o futebol feminino e o masculino. Por isso, cinco atletas – Carli Lloyd, Blecky Sauerbrunn, Alex Morgan, Megan Rapinoe e Hope Solo – apresentaram esta quarta-feira uma queixa na Comissão para a Igualdade de Oportunidades Laborais (EEOC, na versão inglesa) em que acusam a federação de futebol dos EUA de discriminação salarial”.

Futebol feminino norte-americano exige igualdade nos salários (via)

O politicamente correcto surgiu depois da II Guerra Mundial com a emigração de membros da Escola de Frankfurt (Herbert Marcuse, Adorno, etc.) da Alemanha para os Estados Unidos; e foi a partir dos “intelectuais” americanos que se expandiu para todo o mundo ocidental. Alexis de Tocqueville tinha razão em relação à democracia americana.

4 comentários:

  1. Boa tarde. Normalmente leio os artigos e não comento. Hoje é diferente.
    Repare que neste caso, trata-se de um organismo público, ou com financiamento público (pelo que tomei conhecimento) e, ainda por cima, o futebol feminino teve um rendimento financeiro maior do que o masculino. Sendo público, e trazendo maior financiamento, o futebol feminino também deveria receber mais.

    ResponderEliminar
    Respostas

    1. 1/ a federação americana de futebol, sendo organismo público, não pertence ao Estado. Há instituições públicas que não fazem parte do Estado. Por exemplo, um clube de futebol é uma instituição pública, mas o Estado não tem nada a ver. Não fazer confusão.

      2/ ¿O que gera mais dinheiro, a nível mundial: o futebol feminino ou o masculino?

      3/ se o futebol masculino gera mais receita (dinheiro) a nível mundial, então o que se passa é que o futebol masculino americano tem um défice de desenvolvimento que é preciso remediar; e para remediar esse défice, a federação americana tem que investir mais no futebol masculino, pagando melhores salários. E se a federação americana não paga salários iguais a homens e mulheres, é porque não tem dinheiro suficiente para o fazer — não existe outra explicação.

      4/ o que é espantoso, na mentalidade igualitarista, é que situações óbvias e mesmo evidentes precisam de explicação.

      Eliminar
    2. 1- Se uma instituição receber dinheiro públicos, discriminação torna-se intolerável já que pagam todos impostos. No caso de instituições privadas, esse não é o caso.

      2- O que gera mais dinheiro a nível mundial não interessa para nada. Interessa é dentro da federação, cada grupo (feminino e masculino) ser auto-sustentáveis. Já fiquei a saber que o masculino recebe muito mais em patrocínios, o que faz toda a diferença. O que não concordo é que se passe financiamento de um grupo (neste caso feminino) para o outro (o masculino). Cada um tem de ser sustentável por si próprio.

      3. Este argumento não tem lógica. A nível mundial, a energia nuclear gera bastante lucro. Será que Portugal deve investir em engenheiros nucleares só porque a nível mundial se utiliza centrais nucleares?

      4- E não tenho mente igualitária, muito pelo contrário. Acho é que há uma distinção a ser feita entre organismo públicos ou com financiamento público e o privado.

      Eliminar


    3. 1/ A desigualdade injusta não se cura com igualdade, mas com desigualdade justa.

      2/ A federação americana de futebol é um instituição pública de DIREITO PRIVADO (associação).

      http://octalberto.no.sapo.pt/pessoas_colectivas.htm

      No artigo, não se diz que a federação americana de futebol recebe dinheiros do Estado: você é que presume que recebe; não se trata de um facto, mas de uma presunção de um facto. Eu duvido que receba, porque os Estados Unidos não é a mesma coisa que Portugal.

      Mesmo que a federação americana de futebol recebesse dinheiro do Estado, a desigualdade injusta não se cura com igualdade, mas com desigualdade justa.

      3/ quando a mulher não entra na política ou na gestão das empresas, por exemplo, o politicamente correcto estabelece quotas (discriminação positiva); quando o futebol masculino não consegue competir e estar a nível mundial, defende-se o nivelamento por baixo (discriminação negativa) colocando-o ao nível do futebol feminino — porque, em última análise, se não houver dinheiro para pagar às mulheres o mesmo que aos homens, então terá que se baixar o salário dos homens para serem iguais aos das mulheres. Trata-se de uma falácia da mediocridade (nivelamento por baixo).

      http://sofos.wikidot.com/falacia-da-mediocridade

      Ou seja: quando o dinheiro do Estado serve para beneficiar as mulheres, está tudo bem; quando, em alguma circunstância, serve para beneficiar os homens, “aqui d'El Rei que não há igualdade”.

      4/ Quando se investe em qualquer actividade, seja qual for, há que saber qual o POTENCIAL de desenvolvimento dessa actividade.

      Talvez por isso é que pouca gente investe em Portugal, porque o potencial de desenvolvimento português é baixo — e uma das razões por que o potencial português é baixo é a de que os portugueses da Era Bloco de Esquerda não conseguem perceber que a desigualdade injusta não se cura com igualdade, mas com desigualdade justa.

      Se o futebol masculino americano tem potencial de desenvolvimento que o coloque ao nível do futebol inglês, por exemplo, então há que investir nele. “Investimento” significa também pagar bons salários para atrair bons jogadores e para incentivar a carreira profissional futebolística.

      Se o futebol masculino americano não tem potencial de desenvolvimento, então não vale a pena investir nele, e nesse caso você tem razão.

      5/ o seu argumento da “energia nuclear” padece da falácia do espantalho ( http://sofos.wikidot.com/falacia-do-espantalho ) — porque a energia nuclear tem inconvenientes objectivos e concretos, o que não acontece no futebol.

      Se não houvesse qualquer objecção prática e cientificamente demonstrada em relação à construção de centrais nucleares — o que não é o caso —, então, nesse caso e só nele, eu diria que em “Portugal deve investir em engenheiros nucleares só porque a nível mundial se utiliza centrais nucleares”.



      Eliminar

Neste blogue não são permitidos comentários anónimos.