sábado, 17 de setembro de 2016

A evolução em dois mundos

 

Ao ler este texto do Anselmo Borges, pensei que talvez as reformas que a Igreja Católica necessite sejam menos as defendidas por ele e pelo papa Chico, e mais as da doutrina do Cristianismo primordial defendidas, por exemplo, pela patrística; e mencionada pelo próprio Jesus Cristo.


Saiu Jesus com seus discípulos para as aldeias de Cesareia de Filipe; e no caminho perguntou-lhes:
“Quem dizem os homens que sou eu?”

Eles responderam: “Uns dizem: João Baptista; outros: Elias; e outros: Um dos profetas.”

Ele lhes perguntou: “Mas vós, quem dizeis que sou eu?” Respondeu-lhe Pedro: “Tu és o Cristo”.

→ Marcos 8:27-29


Nos Estados Unidos já se estuda e investiga há décadas este problema a nível científico e universitário; mas a Igreja Católica continua agarrada à imanência materialista do papa chiquérrimo.

Se entendermos “evolução” como o processo através do qual o Absoluto se apresenta na dimensão do espaço e do tempo → então a afirmação de que o espírito, a alma e a razão são produtos da evolução não representa um problema para a metafísica. Porém, se a evolução for entendida em termos materialistas – leia-se, segundo a teoria da origem das espécies de Darwin, ou segundo o neodarwinismo da segunda metade do século XX — , então a realidade da autoconsciência e do acesso ao domínio das verdades intemporais arrebenta o quadro evolucionário.

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