O Frei Bento Domingues escreveu o seguinte:
“Repetiram-me, todo este Verão, que a Missa precisa de uma reforma profunda. Algumas queixas eram bem identificadas: três leituras e um salmo muito longe do nosso tempo, remetendo-nos sempre para um passado, que já não nos diz nada; as chamadas orações eucarísticas são pouco variadas e parecem existir apenas para enquadrar a chamada consagração do pão e do vinho, a matéria da comunhão, e um enigmático pedido de Jesus, fazei isto em memória de Mim”.
Seria mais fixe, talvez, a leitura de trechos dos livros de Harry Potter; e em vez dos salmos, uma canção da Madonna ou um Heavy Metal.
O problema do Frei Bento Domingues é o de que perdeu o sentido da diferença entre tempo profano e tempo sagrado (no que diz respeito ao Cristianismo; não podemos dizer que o Frei Bento Domingues seja, de facto, cristão), e que o tempo sagrado implica uma “suspensão do tempo”, por assim dizer — e isto acontece em todas as culturas religiosas.
Por isso torna-se penoso comentar os textos do Frei Bento Domingues: são textos escritos para agradar a pessoas que pensam a religião (em geral) em termos de uma filosofia de auto-ajuda.
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