quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

O José António Saraiva está a ficar senil

 

“A escrita é uma convenção.”José António Saraiva

A ideia (estruturalista/estruturalismo) segundo a qual a escrita é um conjunto de sinais (convenção) que podem ser mudados por decreto-lei e a bel-prazer pelas elites políticas, é uma barbaridade modernista.

A convenção opõe-se à Natureza.

Uma convenção é o resultado de um acordo explícito ou tácito; em epistemologia, uma convenção é uma regra imposta livremente (Poincaré). O problema destas definições é o de que não é racionalmente possível separar completamente uma língua escrita, por um lado, da sua etimologia, por outro lado: a convenção opõe-se à natureza, e a etimologia é a natureza da língua (escrita).

Além disso, toda a convenção pressupõe já a linguagem etimológica, e por isso mesmo pressupõe já a sociedade natural.

E convém não confundir “convenção”, por um lado, com “convencionalismo”, por outro lado.

Em filosofia política, o convencionalismo é a ideia absurda segundo a qual todas as instituições e práticas humanas são o resultado de convenções, sem qualquer contribuição da Natureza (“O homem é a medida de todas as coisas → Protágoras). É a partir da ideia de “convencionalismo” que o José António Saraiva diz que a escrita é apenas um conjunto de sinais aleatoriamente seleccionados (Saussurre) — quando, em boa verdade, a escrita de uma língua culta é um conjunto de símbolos.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Neste blogue não são permitidos comentários anónimos.