Quando lemos um texto do Frei Bento Domingues, dá-nos a sensação de uma logomaquia: ele mistura propositadamente alhos com bugalhos, porque, no meio da confusão entre verdades e mentiras, ele tem a esperança de que absorvamos as ideias expostas de uma forma acrítica.
Em primeiro lugar, o Frei Bento Domingues tem uma obsessão com a “igualdade”.
Em matemática, a igualdade é a relação entre grandezas que permite que possam ser substituídas uma por outra.
É neste sentido que os igualitaristas ditos “católicos” — como são, por exemplo, Frei Bento Domingues ou Anselmo Borges — concebem a ideia de “igualdade”: os seres humanos e os respectivos sexos (ou as alegadas inúmeras “identidades sexuais”), são intermutáveis (podem ser substituídos uns por outros).
“Nos finais dos anos 60 do século passado, num curso de cristologia, dediquei algumas aulas a investigar, com os alunos, o contraste entre a atitude de Jesus em relação às mulheres e a sua permanente ausência nas grandes decisões de orientação da Igreja. As mulheres não tinham podido votar os documentos do concílio ecuménico Vaticano II, como também nunca tinham tido voz activa em nenhum outro Concílio. Um estudante, no debate, argumentou que, por isso, era um abuso falar de concílios ecuménicos, porque lhes faltou sempre a voz e o voto das mulheres cristãs”.
Esta obsessão com a “igualdade” por parte do frade (que é característica da Esquerda) conduz inexoravelmente a sociedade a uma forma de totalitarismo mediante o controlo da linguagem — como já está a acontecer no Canadá, por exemplo.
Ademais, é falso (Frei Bento Domingues é um mentiroso!) que Jesus Cristo tenha tratado as mulheres “em contraste com as grandes decisões da Igreja” — como afirma o frade. É mentira. Frei Bento Domingues mente!
O Frei Bento Domingues tem tamanha sapiência que se permite condenar as decisões de um papa que foi santificado pela Igreja Católica (João Paulo II). O Frei Bento Domingues considera-se acima dos santos da Igreja Católica.
A matéria em análise e em causa por parte do frade diz respeito à criação de “sacerdotisas” na Igreja Católica, tal como existiram sacerdotisas nas religiões pagãs. Aliás, o Frei Bento Domingues também é obcecado pelo paganismo, e pretende transformar o catolicismo em uma espécie de religião pagã.
“When my dad retired in 1976 at 74, the Church was still a male institution. It was still taken seriously.
Since the ordination of the first women in 1994, its make-up has changed quite drastically. Between 2002 and 2012, the number of female full-time clergy increased by 41 per cent while number of full-time male clergy dropped nearly at the same rate. Now women comprise one in five members of the full-time clergy and there are far more part-time clergy the majority of whom are women”.
Com a criação de sacerdotisas, a Igreja Anglicana está hoje praticamente morta.
A Igreja Anglicana é hoje uma Igreja “colorida”. Só lhe falta agora o “casamento” entre sacerdotisas lésbicas e sacerdotes gays para transformar a Igreja Anglicana em um grupo folclórico colorido. É isto que o Frei Bento Domingues gostaria de ver na Igreja Católica: um grupo folclórico pagão.
Portanto, temos que olhar para a realidade concreta (e não para utopia do Frei Bento Domingues) e, por exemplo, olhar para o que está a acontecer às igrejas protestantes com a criação de sacerdotisas; e retirar daí as respectivas conclusões.
“Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar!”
Não podemos ignorar a realidade em nome da utopia — a não ser em nome da malícia de um personagem melífluo e serôdio que entrou para o clero da Igreja Católica para ser do contra e do reviralho. O Frei Bento Domingues sempre tentou minar a Igreja Católica por dentro; não há pior inimigo da Igreja Católica senão aquele que opera no seu seio.
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