sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

A esmagadora maioria dos doentes terminais em cuidados paliativos não sofre com dores

 

Um estudo científico constatou que mais de 85% dos doentes terminais em cuidados paliativos não sofre com quaisquer dores (ler artigo). Dos restantes 15%, uma grande parte não sofre com dores que não sejam suportáveis.

O problema é o de que apenas uma pequena parte da população tem acesso aos cuidados paliativos.


eutanasia-velhariasÉ neste contexto que a “elite” política (a ruling class)   pretende legalizar a eutanásia, como uma estratégia economicista para evitar gastos futuros do Estado com os cuidados paliativos. Senão, vejamos o resumo de um “debate” sobre a eutanásia realizado no hospital Padre Américo, em Penafiel, em que participou o Anselmo Borges.

« Confrontado com a ideia de se a melhoria na qualidade dos cuidados paliativos poderia alterar esta realidade, Miguel Ricou foi peremptório: “Nunca vamos ter excelentes cuidados paliativos para toda a gente. Dizer que só vamos aceitar a eutanásia quando tivermos cuidados paliativos de qualidade é dizer que nunca a vamos aceitar”. »

Ora aqui está! O argumento (absurdo) da cavalgadura é o seguinte:

  1. nunca haverá cuidados paliativos universais;
  2. por isso, mais vale universalizar a eutanásia.

A premissa do Ricou está errada, e portanto o resto do raciocínio também está errado. Os cuidados paliativos universais dependem de decisões políticas, assim como a legalização da eutanásia universal é uma decisão política.

Colocada entre dois caminhos, — ou os cuidados paliativos universais, ou optar por forçar as pessoas a optar pelo suicídio, — a “elite” política (em geral) prefere matar as pessoas, porque sai mais barato ao Estado. O argumento político da “liberdade do indivíduo” é pura retórica.

O que temos que fazer urgentemente é mudar a “elite” política, nem que seja à custa de um golpe-de-estado.

eutanasia-cadeiras


Ficheiro PDF do estudo científico // Ficheiro PDF da notícia do “debate”

1 comentário:

  1. Por estas e outras é que a conversa de que o marxismo caiu em 1989 é uma anedota. Não só não caiu como continuou a investida sob as formas mais insidiosas do politicamente correcto-marxismo cultural da nova esquerda. Associado ao primado do económico defendido pela direitnha temos o cenário montado para estas acções criminosas.

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