“Ainda há muito caminho para percorrer no que diz respeito à igualdade entre os homens e as mulheres (a ultima vez que em Portugal tivemos uma mulher na Chefia de Estado foi em monarquia). No entanto, à medida que a força bruta vai paulatinamente perdendo préstimo num lento processo civilizacional que já dura há séculos, eu antecipo que nas próximas décadas, se nenhum cataclismo acontecer no ocidente, a mulher ultrapassará o homem em quase todas as vertentes e assumirá socialmente a liderança. Só espero que, na sua diversidade de estágios, formas e expressões, nunca deixe de ser genuinamente feminina, a única forma de nós os homens aprenderemos alguma coisa nisto de se lidar com a vida.”
O melhor comentário que se pode fazer a este texto do João Távora é o vídeo abaixo em que intervém o professor universitário Jordan B. Peterson. Mas, ainda assim, vou dizer alguma coisa mais.
Quando vemos o João Távora, que se diz da “Não-esquerda” (porque de Direita ele não é certamente) falar de “igualdade” naqueles termos (de uma forma abstracta e vaga), compreendemos até que ponto o marxismo cultural tem contaminado a cultura no nosso país.
E quando ele se refere à rainha D. Maria, esqueceu-se de dizer que trono dela foi imposto (pela força das armas) ao povo e ao país pelo seu pai, o liberal e maçon D. Pedro; e que D. Maria reinou em um tempo de monarquia constitucional, portanto, praticamente uma monarquia meramente simbólica: não seria possível a existência de uma rainha antes do século XIX.
Fico “pior que estragado” com a desonestidade intelectual de gente que se diz alinhada com o povo e com a História de Portugal !
O pior que pode acontecer à Não-esquerda, à possibilidade de restauração da monarquia, e ao país, é a afirmação política de gente como o João Távora que alinha com a ideologia politicamente correcta da “possibilidade de alteração da Natureza Humana” — quando ele diz que, através de um processo histórico hegeliano, o ser humano vai alterando a sua natureza e “perdendo a força bruta” (basta olharmos para a paulatina e crescente usurpação islâmica violenta do poder político na Europa para percebermos que o João Távora é um idiota).
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