segunda-feira, 20 de agosto de 2018

O Adolfo Mesquita Nunes é um espertalhão

 

Na política portuguesa há duas categorias de pessoas: os espertos, e os espertalhões. O Adolfo Mesquita Nunes encaixa na derradeira (como é notório).

Escreve o referido senhor que Marine Le Pen “consegue chegar a todos aqueles que, na sequência de uma crise internacional e na vertigem de uma nova economia digital, se sentem excluídos, a ficar para trás, sem oportunidades”.

Repare bem, caro leitor, como o espertalhão consegue reduzir a complexidade política e ideológica da aliança contra-natura entre marxistas trotskistas, por um lado, e globalistas e neocons, por outro lado (contra o Estado-Nação), a um problema de “nova economia digital”.


Eu sou insuspeito para abordar este tema porque prefiro (de longe!) Nigel Farage ou Donald Trump a Marine Le Pen. Marine Le Pen é herdeira da metodologia política de Rousseau (com o seu conceito de "Vontade Geral", aliás também vigente em Portugal com a I república, com o Salazarismo ou II república, e com a III república actual), ao passo que os dois primeiros são herdeiros metodológicos de John Locke.


Esta forma espertalhona de colocar os problemas humanos e sociais, é repugnante: o espertalhão simplifica o que é complexo por sua própria natureza, e depois diz que “a Marine Le Pen é que é a ideóloga simplificadora”.

Num país — a França — onde 10% da população já é composta por gente de cultura islâmica (que atiraria o Adolfo Mesquita Nunes de um edifício abaixo por ele “encaixar na derradeira”, e talvez não se perdesse grande coisa), o espertalhão vem dizer que a causa da existência da Marine Le Pen é “uma nova economia digital”.

Mas nem todos os fanchonos são espertalhões: temos, por exemplo, o caso do inglês Douglas Murray, que é um indivíduo com muita classe (ver vídeo abaixo). Portanto, nem todos os fanchonos pensam que “encaixar na derradeira” lhes aumenta automaticamente o QI (coeficiente de inteligência).

 

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