segunda-feira, 3 de setembro de 2018

O Anselmo Borges, e a religião do onanismo sentimental da sociedade efeminizada

 

Para o Anselmo Borges, o apelo à emoção é uma componente da mística religiosa. Em uma sociedade efeminizada (onde o feminino passou alegadamente a ter a maior influência possível), o apelo à emoção é uma tremenda arma política. Os ideólogos da laia do Anselmo Borges apelam à emoção mas de uma forma fria e cerebral, tendo em vista recolher dividendos políticos.

Este texto do Anselmo Borges revela de facto a identificação da mística com (o apelo à) a emoção, por um lado, e por outro lado identifica a ética com a mística.

Porém, a verdade é que uma ética que perde a sua rigidez heteronómica redunda sempre em onanismo sentimental — que é exactamente o que os ideólogos da estirpe do Anselmo Borges pretendem: transformar a ética num choradinho promovido por mulheres e controlado cultural- e politicamente por homens ditos “feministas” ou realmente efeminados. É esta a estratégia política do neomarxismo que impregnou a Igreja Católica.

O Anselmo Borges é um personagem extremamente perigoso, porque faz da ambiguidade uma estratégia retórica, e da ambivalência uma arma persuasiva. E procede assim com o à-vontade e bonomia que causariam inveja ao sofista Protágoras.

Quando reduz a religião à política, o Anselmo Borges reduz a religião à imanência — nomeadamente quando escreve:

“A mística Santa Teresa de Ávila também dizia que Deus anda na cozinha no meio das panelas. Para sublinhar que quem julga encontrar Deus fora do mundo lida apenas com as suas ilusões”.

Reparem na sugestão sub-reptícia : “quem pensa que Deus está fora do mundo anda enganado, ou seja, só e apenas no mundo podemos encontrar Deus”.

Ora, não seria certamente a intenção de Teresa de Ávila dar a interpretação imanente do Anselmo Borges. Não é por Deus estar no mundo que Ele se confina ao mundo, como sugere sub-repticiamente o Anselmo Borges.

Imanência pura, ou uma forma de ateísmo panteísta à moda de Espinosa. É é a partir da pura imanência que o Anselmo Borges constrói o seu (dele) conceito de “misticismo”, à semelhança dos monismos religiosos, o que revela de facto uma forte influência da Nova Teologia.

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