“Sem a filosofia, as ciências não sabem o que sabem”.
Uma pessoa serve-se de uma pretensa autoridade de direito em matéria de “ciência”, para impingir uma ideologia.
A “justificação científica” é patética; por exemplo, a ideia de que “a maioria das pessoas não sabe os seus cromossomas” — como se esse conhecimento prévio (no sentido de “consciência de”), por parte do sujeito, fosse importante para a definição objectiva do sexo da pessoa em causa.
É verdade que cada indivíduo é irrepetível — ser “idêntico” significa ser “único” (A=A). Porém, o facto de cada ser humano ser único (é idêntico a si próprio, e por isso, tem a sua própria identidade), isso não significa que cada ser humano não caiba numa categoria ou classe.
Uma pessoa que recusa a categorização objectiva da realidade, assume uma posição anticientífica. O alegado mestrado em medicina (da criatura em causa) é irrelevante.