quinta-feira, 11 de abril de 2024

A Isabel Moreira é nitidamente marxista. E chalupa.


“As pessoas quando têm o poder só para elas, quando têm esses privilégios, custa-lhes que outros que não tinham acesso a esses direitos passem a ter. Não querem dividir o seu lugar de poderafirma a jurista e deputada socialista Isabel Moreira a propósito do livro "Identidade e da Família", onde se defende que o casamento entre pessoas do mesmo género deveria ser proibido.

“Felizmente, a esmagadora maioria da sociedade portuguesa está confortável com uma constituição que diz que somos mesmo todos e todas iguais”.

Nota: “Constituição” deve ser escrito com C maiúsculo. Jornaleiros de merda. Assassinos da Língua Portuguesa. Filhos-de-puta.


A Isabel Moreira vê as relações íntimas entre pessoas como “relações de Poder”.

Esta visão da sociedade é doentia e marxista (passo a redundância). A Isabel Moreira é nitidamente marxista. Aliás, o José Pacheco Pereira tem a mesmíssima visão engelsiana da família e do casamento.

“Poder” pode ser definido como sendo a faculdade de exercer sobre o ser humano (e “a ser humana”, para ser politicamente correcto) uma dominação tal que conseguimos obter dele acções ou comportamentos que não teria adoptado espontaneamente.

Em última análise, o Poder pode (mesmo em tempo de paz) ser um Poder de vida e de morte.



Reduzir as relações íntimas e familiares entre seres humanos, ao Poder, é próprio de uma mente doente que necessita de tratamento psiquiátrico urgente.

Coloca-se o problema de saber como é que o Poder se exerce, quais os meios através dos quais se obtém uma obediência que, em casos últimos e extremos, pode ir até à aceitação da sua própria morte. Depois, há que saber se a obediência ao Poder — mesmo que este seja injusto — é sempre um dever; ou se a resistência ao Poder é, em certos casos, um direito e mesmo um dever.


Na antiga Atenas, as relações íntimas e familiares ficavam fora da Pólis (fora da política).

A política ficava à porta da casa de família ateniense. A visão engelsiana da Isabel Moreira e do José Pacheco Pereira emula Esparta, em vez de Atenas.

Baseando-se no mito de Esparta, Platão escreveu a sua utopia na “República”.

A família natural é abolida: os amigos — diz Platão — devem ter tudo em comum, incluindo mulheres e filhos. Não há família nuclear: é a suruba pegada. É foder à desgarrada.

As raparigas deverão ter uma educação igual à dos rapazes, incluindo a arte da guerra. As mulheres serão em tudo iguais aos homens: “a mesma educação que faz um bom magistrado terá igual efeito em uma mulher”. O casamento da república segue o padrão mítico de Esparta: os noivos e noivas serão (aparentemente) juntos à sorte (aleatoriamente), mas a verdade é que os governantes da cidade (o Estado) decidirão quem casa com quem, segundo princípios eugénicos.

Todas as crianças devem ser separadas dos pais ao nascer, e ter-se-á todo o cuidado em que os pais as não conheçam, e nem elas aos pais (deixaria de existir uma árvore genealógica das crianças, tal como acontece parcialmente hoje já, com a adopção de crianças por pares de invertidos). Crianças deformadas e filhos de pais inferiores eram eutanasiadas ou abortadas. Nos casamentos feitos pelo Estado, as pessoas não têm opinião: têm de pensar segundo o seu dever para com o Estado e não segundo as emoções vulgares que “os poetas malditos” (segundo Platão, que não gostava dos poetas) costumam celebrar.

Na utopia republicana de Platão, como não se sabe quem são os pais (uma cambada de filhos-de-puta), pode-se chamar “pai” a quem quiser que tenha uma idade conveniente — e o mesmo quanto a “mãe”, “irmão” e “irmã”. E não há casamento entre “pai” e “filha”, ou “mãe” e “filho”; em geral mas não absolutamente, devem evitar-se os casamentos de “irmão” e “irmã”. No fundo, Platão proibia todos os casamentos, excepto os de “irmão-irmã”, que considera excepção rara.

O que Platão pretendia — seguindo o modelo de Esparta — era a diminuição das emoções privadas (tal como defende hoje a socialista Isabel Moreira), removendo os obstáculos ao domínio do espírito público — o domínio absolutista do Estado, “o mais frio dos monstros frios” (Nietzsche) — e incentivando a ausência da propriedade privada.

Essa nova utopia é a da esquerda pós-modernista que se manifesta em Portugal no Bloco de Esquerda da Mariana Mortágua e no Partido Socialista da Isabel Moreira, e que se traduz na guerra cultural e jurídica contra a família natural.


E, nesta nova utopia ideológica, são da maior importância os “direitos” LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros] e a ideologia de género.

Tal como em Esparta e na utopia de Platão, o combate contra a família natural é concebido como um meio de absolutização do Estado e tendo em vista a eliminação da propriedade privada.

O movimento político LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros] e a ideologia de género pretende a abolição legal dos sexos — como podemos verificar na actual guerra contra a distinção entre os WC masculino e feminino. Ou seja, pretende-se a dessexualização da sociedade, em que deixam de existir o masculino e o feminino. E, a partir do momento em que a humanidade é dessexualizada, acabamos em uma sociedade desumanizada na qual não existe uma mãe legal, ou um pai legal, ou irmãos e irmãs legais sem a autorização do Estado (tal como na utopia de Platão). Por exemplo, hoje já vemos que, em vez de pai e mãe, os documentos de registo das crianças têm “progenitor A” e “progenitor B”: os termos “pai” e “mãe” estão a ser juridicamente eliminados.

Nessa sociedade defendida pela Esquerda, as relações humanas mais íntimas sofrem um duro golpe: a família natural é abolida por lei e de facto.

Uma sociedade dessexualizada defendida pela Isabel Moreira é, em última instância, uma sociedade totalitária porque erradica da Lei e da Cultura as mais básicas relações humanas, e principalmente a ligação entre a mãe e filho.

A Isabel Moreira ou é chalupa, ou é um monstro.

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