sábado, 31 de agosto de 2024

A filosofia académica está ideologicamente comprometida


Não é possível, ou não é racional, que partamos de princípios dos estóicos — por exemplo, de Marco Aurélio — para tirar ilações éticas e morais actualizadas —, não apenas porque seja racionalmente permitido que se substitua ou se evite o naturalismo estóico, mas porque o desenvolvimento da investigação científica já não o permite.

Hoje, a filosofia académica tem um problema complicado: vive à margem da ciência.
A minha dúvida é se esse distanciamento da ciência é fruto de ignorância, ou se é propositado.

O estoicismo é um tipo de materialismo, que é colocado em causa — ou, pelo menos, questionado — pela actual Física de Partículas. Este materialismo estóico, que é inadequado à luz da ciência actual, tem consequências sobre a moral.

O estoicismo é um determinismo que restringe decisivamente o livre-arbítrio do ser humano, embora não seja propriamente um “fatalismo”.
“Tudo o que acontece, devia acontecer; tudo o que deve acontecer, acontecerá”. A “alma do mundo” estóico aparece sob a figura do “destino”.

O estoicismo coloca em causa o princípio de Heisenberg.

O estoicismo é também um racionalismo naturalista que influenciou o gnosticismo da Antiguidade Tardia.

Não é admissível que professores de filosofia utilizem o racionalismo estóico para tentar defender ou justificar, junto dos seus alunos, a actual ideologia eco-fascista, colectivista e misantropa do Aquecimento Global Antropogénico.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Neste blogue não são permitidos comentários anónimos.