sábado, 26 de outubro de 2024

A espertalhona “liberal” Adriana Cardoso diz que “a Ideologia de Género não existe”

Uma gajinha tira um cursinho de merda de 3 anos de duração, tem uma carinha larocas e é “muito dada ao Macho Alfa”, e passa a ter (tomaticamente) um alvará de inteligente; passa a ser espertalhona. E é este tipo de gentinha feminista que milita no IL [Iniciativa Liberal], e defende a meritocracia liberal dos espertalhões que chulam o Estado.

Como diz o povo: “Quem tem uma c*na tem uma mina; quem tem uma p*ça tem um c*r*lho”.

É o caso de uma tal Adriana Cardoso, que afirmou o seguinte no canal do Chico dos Porsches:

« "Ideologia de género" não existe. É um termo cunhado pela extrema-direita americana. A escola pública não é neutra em questões de direitos humanos. »



Uma coisa parecida aconteceu com o José Pacheco Pereira, que afirmou que “o marxismo cultural não existe, que é uma fabricação da extrema-direita”. Ou seja, o Pacheco negou a existência da Escola de Frankfurt, de Gramsci, e dos pós-modernistas franceses — ou seja, daquilo a que o Jordan B. Peterson chamou demetástase do marxismo”. A melhor forma que o Pacheco encontrou para lidar com a sua Dissonância Cognitiva foi a negação da realidade.


Diz a Adriana Cardoso que “a Ideologia de Género não existe”, que é uma invenção dos fassistas. Apaga-se, assim, a realidade; e elimina-se a Dissonância Cognitiva. E depois diz ela (implicitamente) que castrar adolescentes é uma questão de direitos humanos na escola: “capando os machos, estás a cumprir o ideário feminista”. E, segundo ela, isto não tem nada a ver com “ideologia”.

“Os Direitos do Homem não são uma Política” [Marcel Gauchet, “Le Débat”, 1980].

« A bandeira dos “direitos humanos” parece ser um sintoma da “incapacidade de conceber um futuro diferente para a nossa sociedade” » [idem]. Começam a criar-se “direitos humanos” que nunca existiram; inventam-se novos “direitos humanos”, todos os dias. Todos os desejos subjectivos assumem, agora, a forma de “direitos humanos”. Entramos na fase final e decadente do liberalismo, em que o individualismo utilitarista levado ao extremo transforma o simples desejo em “direito humano”.

A IL [Iniciativa Liberal] (da Adriana Cardoso) faz parte desta fase final e decadente do liberalismo.

Aliás, não se distingue a Adriana Cardoso da Isabel Moreira: parecem gémeas ideológicas. A Adriana Cardoso cabe perfeitamente no Partido Socialista de António Costa (mas já não tanto no de Pedro Nuno Santos).

Vamos começar a definir. Quando começamos a definir, os progressistas desatam a fugir.

¿O que é ideologia?

É um sistema de representações dominantes em uma determinada época, relativamente à qual constituem a vulgarização de uma filosofia mais ou menos inconsciente.

Em suma: a ideologia é uma redução/simplificação da filosofia: não tendo o estatuto de ciência, também não é possível decidir da sua exclusão do domínio dos conhecimentos regidos pela relação entre a teoria e a prática.

Segundo Hannah Arendt, todo o pensamento ideológico (as ideologias políticas) contém três elementos de natureza totalitária:

1/ a pretensão de explicar tudo;
2/ dentro desta pretensão, está a capacidade de se afastar de toda a experiência;
3/ a capacidade de construir raciocínios lógicos e coerentes que permitem crer em uma realidade fictícia a partir dos resultados esperados por via desses raciocínios — e não a partir da experiência.

Só falta agora que a espertalhona Adriana diga que a Hannah Arendt não existiu.


Ou seja, Ideologia é sinónimo de Segunda Realidade (Eric Voegelin), que consiste na condição de auto-embotamento espiritual e de auto-cegueira por parte dos ideólogos em geral, quando eles colocam imagens e/ou representações por eles construídas em lugar de percepções da realidade (a autêntica realidade percepcionada pelo ser humano comum e vulgar).

A “segunda realidade” é uma patologia da consciência deformada que podemos observar, não só nos ideólogos, mas também em muita gente cujos estados delirantes — delírio interpretativo — não são juridicamente suficientes para os interditar e os circunscrever a um manicómio.


Agora, vamos definir “Ideologia de Género”, ou melhor dizendo, a Ideologia da Ausência de Sexo:

é uma crença segundo a qual os dois sexos — masculino e feminino — são considerados construções culturais e sociais, e que, por isso, os chamados “papéis de género” (que incluem a maternidade, na mulher), que decorrem das diferenças de sexos alegadamente "construídas" — e que por isso, não existem —, são também "construções sociais e culturais".

Por exemplo, a feminista Gloria Steinem queixa-se da "falsa divisão da natureza humana em 'feminino' e em 'masculino' (sic). E a escritora francesa Simone Beauvoir pensou a gravidez como “limitadora da autonomia feminina”, porque, alegadamente, “a gravidez cria laços biológicos entre a mulher e as crianças, e por isso, cria um papel de género”.

A Ideologia de Género defende a ideia segundo a qual não existe apenas a mulher e o homem, mas que existem também dezenas de “outros géneros”; e que qualquer pessoa pode escolher um desses “outros géneros”, ou mesmo alguns desses “outros géneros” em simultâneo.

A socióloga alemã Gabriele Kuby (que não é uma “fassista americana”), escreveu o seguinte:

“A Ideologia de Género é a mais radical rebelião contra Deus que é possível: o ser humano não aceita que é criado homem e mulher, e por isso diz: 'Eu decido! Esta é a minha liberdade!' — contra a experiência, contra a Natureza, contra a Razão, contra a ciência! É a perversão final do individualismo: rouba ao ser humano o que lhe resta da sua identidade, ou seja, o de ser homem ou mulher, depois de se ter perdido a fé, a família e a nação.

É uma ideologia diabólica: embora toda a gente tenha uma noção intuitiva de que se trata de uma mentira, a Ideologia de Género pode capturar o senso-comum e tornar-se em uma ideologia dominante do nosso tempo.”

Presume-se, segundo a Adriana Cardoso, que a socióloga alemã Gabriele Kuby não existe; ela é uma invenção fassista.


Em Dezembro de 2012, o Papa Bento XVI referiu, num discurso à cúria romana, que o uso do termo “género” pressupõe uma “nova filosofia da sexualidade”:

“De acordo com esta filosofia, o sexo já não é considerado um elemento dado pela Natureza e que o ser humano deve aceitar e estabelecer um sentido pessoal para a sua vida. Em vez disso, o sexo é considerado pela Ideologia de Género como um papel social escolhido pelo indivíduo, enquanto que no passado, o sexo era escolhido para nós pela sociedade. A profunda falsidade desta teoria e a tentativa de uma revolução antropológica que ela contém, são óbvias.

As pessoas [que promovem a Ideologia de Género] colocam em causa a ideia segundo a qual têm uma natureza que lhes é dada pela identidade corporal que serve como um elemento definidor do ser humano. Elas negam a sua natureza e decidem que não é algo que lhes foi previamente dado, mas antes que é algo que elas próprias podem construir.

De acordo a ideia bíblica da criação, a essência da criatura humana é a de ter sido criada homem e mulher. Esta dualidade é um aspecto essencial do que é o ser humano, como definido por Deus. Esta dualidade, entendida como algo previamente dado, é o que está a ser agora colocado em causa.

(…)

Quando a liberdade para sermos criativos se transforma em uma liberdade para nos criarmos a nós próprios, então é o próprio Criador que é necessariamente negado e, em última análise, o ser humano é despojado da sua dignidade enquanto criatura de Deus que tem a Sua imagem no âmago do seu ser.

(…)

A Ideologia de Género é uma moda muito negativa para a Humanidade, embora se disfarce com bons sentimentos e em nome de um alegado progresso, alegados direitos, ou em um alegado humanismo. Por isso, a Igreja Católica reafirma o seu assentimento em relação à dignidade e à beleza do casamento como uma expressão da aliança fiel e generosa entre uma mulher e um homem, e recusa e refuta as filosofias de género, porque a reciprocidade entre o homem e a mulher é a expressão da beleza da Natureza pretendida pelo Criador.”

Ou seja, segundo a “liberal” Adriana Cardoso, o papa Bento XVI não existiu; além disso, ele era fassista.

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