sexta-feira, 4 de outubro de 2024

¿Por que razão não mudam as leis neste país?! — pergunta o ex-deputado António Sousa Lara


Porque 1/ quem manda neste país é a maçonaria; 2/ a maçonaria identifica-se plenamente com o globalismo — que é uma espécie de socialismo global para os ricos e um capitalismo selvagem e social-darwinista para os pobres —; 3/ a maçonaria, representando o “liberalismo internacionalista e ecologista” da BlackRock e da Vanguard, trata de modo diferente os seus principais inimigos: vomita para cima da Direita tradicionalista, e absorve e recupera os da Esquerda: por isso é que os radicais de Esquerda são aliados circunstanciais da maçonaria.

Por exemplo, para o maçon Luís Montenegro e para a radical marxista Mariana Mortágua, não existe diferença entre cidadão, por um lado, e residente, por outro lado. Cidadão = Residente. Para os dois, um cidadão é um residente em Portugal, e um residente no país é um cidadão.

A pequena diferença entre Luís Montenegro e Mariana Mortágua é a de que o primeiro é um “patriota cosmopolita” (no conceito de Fernando Pessoa) e a segunda é uma “antipatriota cosmopolita” (internacionalista trotskista/marxista) — o “patriotismo cosmopolita” é definido por Fernando Pessoa como o “atribuir a uma nacionalidade, como princípio de individuação, não uma tradição determinada1, nem um psiquismo determinante tal2, mas um modo especial de sintetizar as influências do jogo civilizacional. (…) Para ele3 não há propriamente uma alma nacional; há apenas uma direcção nacional. Uma nação tem apenas, dados os factores inalienáveis de situação geográfica, um determinado papel no conjunto das nações, de que é formada uma civilização”.4

Um maçon (que se preze) é um “patriota cosmopolita” que não vê no cidadão um portador de uma alma nacional: em vez disso, vê nele um mero residente de uma sociedade que cumpre circunstancialmente um determinado papel em um determinado conjunto de nações.

A Mariana Mortágua é uma “antipatriota cosmopolita” comunista — que tem em comum, com o Luís Montenegro , o facto de ser cosmopolita.

“O comunismo não é um sistema: é um dogmatismo sem sistema — o dogmatismo informe da brutalidade e da dissolução”5

(…)

“O comunismo não é uma doutrina porque é uma anti-doutrina, ou uma contra-doutrina. Tudo quanto o Homem tem conquistado, até hoje, de espiritualidade moral e mental — isto é, de civilização e de cultura — tudo isso ele inverte para formar a doutrina que não tem” 6.


Notas
1. patriota tradicionalista
2. patriota integral
3. para o patriota cosmopolita
4. Fernando Pessoa, “O Preconceito Tradicionalista”.
5. Fernando Pessoa, “Ideias Filosóficas”.
6. idem

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