Francamente, não sei mais o que esta gente irá inventar para adjectivar o CHEGA (ver ficheiro PDF).
Ao lermos o textículo do dito cujo, ficamos com a ideia de que “democracia liberal” é sinónimo de “ausência ou niilificação da nação”; uma boa “democracia liberal” é, alegadamente e segundo o Henrique Pereira dos Santos, uma sociedade desnacionalizada.
Como dizia Sá de Miranda: “M’espanto às vezes, outras m’avergonho”.
No caso do referido texto do Henrique Pereira dos Santos, não sei se me espante ou se me envergonhe de forma alheia.
O texto do dito senhor é extraordinário ! — por um lado, o dito senhor reconhece que o liberalismo é pródigo em “corrupção e protecção endogâmica das elites, excluindo informalmente o povo do processo democrático, deixando-o sem representação, apesar da manutenção dos formalismos democráticos”; mas, por outro lado, diz que o CHEGA é um partido pária por não ser (alegadamente) liberal.
Ou seja, segundo o douto senhor, ser corrupto, elitista, exclusivista, etc, é “coisa fixe”!
Depois, diz (o senhor) que o CHEGA é “populista” — mas que os outros partidos não são populistas.
Porém, quando começamos a definir, o Henrique Pereira dos Santos engasga-se — porque não existe uma noção de “populismo”: existe um conceito (muito vago) de “populismo”, mas não uma noção de “populismo”.
Até a esquerdista Wikipédia é vaga numa pseudo-definição de “populismo”:
“Populism is a contested concept, used to refer to a variety of political stances that emphasize the idea of the "common people" and often position this group.”
Quando o CHEGA anula o CDS (partido manifestamente submisso em relação à Esquerda) da Assunção Cristas e do Nuno Melo, o Henrique Pereira dos Santos diz que é por causa do “populismo do CHEGA”.
Talvez o mais espantoso, vindo do Henrique Pereira dos Santos, é o branqueamento ético do comportamento do Luís Mente-ao-Negro no caso da empresa (deste) SpinumViva: para defender a sua dama (CDS), o Henrique até faz pactos com o diabo (PSD do Luís Monta-o-negro).
É preciso repetir até à exaustão: um primeiro-ministro em exercício não pode receber avenças pecuniárias de empresas privadas que usufruem de contratos com o Estado.
Eu vou repetir, para o Henrique Pereira dos Santos perceber bem: um primeiro-ministro em exercício não pode receber avenças pecuniárias de empresas privadas que usufruem de contratos com o Estado. Haja por aí quem lhe faça um desenho, que eu não tenho jeito nem paciência.
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