terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Desmascarar a falsa ciência com Karl Popper

 

Para o cidadão comum é muito importante ter uma noção do princípio da falsificabilidade de Karl Popper, que define aquilo que pode ser objecto da ciência, por um lado, e aquilo que é cientismo, por outro lado. Mediante a colaboração activa dos me®dia com o cientismo, o cidadão é hoje todos os dias enganado por uma falsa ciência que nada mais é do que política pura e dura.

Por exemplo, se alguém afirma o seguinte: Todos os cisnes são brancos.” Será que esta proposição poderá ser objecto de investigação científica? A resposta é não — porque a proposição não pode ser contraditada, ou seja, a proposição não é falsificável.

Mas se alguém disser: “Está ali um cisne negro!”. Então já existe aqui uma evidência ou prova empírica segundo a qual a proposição todos os cisnes são brancos” pode ser refutada. O mais que pode acontecer é que, do ponto de vista estatístico, a esmagadora maioria dos cisnes sejam brancos, o que pode constituir um juízo universal. E é só perante a possibilidade de refutação de uma proposição (ou teoria), que essa proposição pode ser considerada objecto de investigação da ciência.

Se considerarmos a seguinte proposição politicamente correcta: “Os homossexuais já nascem homossexuais”.

Esta proposição é hoje considerada um dogma pelo cientismo político acolitado pelos me®dia (e por Júlio Machado Vaz): não há nenhum estudo científico credível que demonstre que “os gays nasceram assim”. Portanto, a proposição “os gays nasceram assim” não é refutável (não é falsificável). Não estamos aqui em presença de ciência, mas de cientismo.

Por outro lado, a seguinte proposição politicamente correcta: “O embrião não é um ser humano”.

Embora esta proposição seja refutável porque o embrião tem um ADN único e irrepetível, a falsificabilidade da proposição não é considerada pelos me®dia e pelas ideologias políticas que controlam a ciência e a transformam em cientismo — porque a característica fundamental do ser humano é a sua irrepetibilidade genética que se traduz na sua irrepetibilidade enquanto pessoa.

Sempre que os me®dia publicarem uma teoria politicamente correcta — por exemplo, a teoria do “aquecimento global” que provoca o frio que temos hoje nos Estados Unidos —, devemos questionarmo-nos: essa teoria é falsificável? Existem indícios, inferências, evidências ou provas empíricas, segundo os quais possamos elaborar um juízo universal acerca dessa tese?

Se as evidências apresentadas pela teoria fazem parte da “prova” da tese da própria teoria, e se as refutações servem para reforçar a própria teoria, então estamos em presença de um pensamento circular ou de uma tautologia, e não de ciência. Se uma teoria não pode ser refutada por evidências que sejam contrárias às suas premissas, então não estamos em presença de ciência, mas antes de um dogma e de cientismo.

Não nos deixemos enganar pelo fanatismo político.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Neste blogue não são permitidos comentários anónimos.