sábado, 30 de agosto de 2014

Vivemos todos em Corinto, e a Igreja Católica já não ouve São Paulo de Tarso

 

“The secretary general of the Italian Bishops’ Conference has said that “unconventional couples” suffer “discrimination” and “prejudice” from the Church.”

Church ‘discriminates’ against ‘unconventional couples’: leader of Italian Bishops’ Conference

O secretário-geral da Conferência Episcopal italiana, o Bispo Nunzio Galantino, diz que a Igreja Católica discrimina os casais “não convencionais”. O conceito de “não convencional” é obviamente “pau para toda a colher” (pode servir para qualquer coisa), uma vez que o conceito de “casal” foi indevidamente alargado de forma subjectiva.

A Igreja Católica dirigida pelo cardeal Bergoglio — aka Francisco I — não só ignora ostensivamente S. Paulo, como está a trabalhar com afinco para eliminar ou censurar as epístolas de S. Paulo. Como cristãos e católicos, não podemos ignorar S. Paulo — mesmo que isso incomode os hereges liderados pelo cardeal Bergoglio que tomaram conta da Igreja Católica.


Sao Paulo WebNo tempo em que viveu S. Paulo, a cidade de Corinto tinha cerca de 500 mil habitantes, dos quais 2/3 eram escravos. Corinto era conhecida no império romano como uma cidade pervertida e licenciosa. S. Paulo criou uma comunidade de cristãos na cidade, e em relação a eles, escreveu: “Rogo-vos que sejais meus imitadores” (1 Cor 4, 16). Ou seja, S. Paulo pretendia que os cristãos de Corinto se demarcassem e se afastassem da cultura dos gentios da cidade. Isto significa que, para S. Paulo, os cristãos não se deveriam imiscuir com os gentios, conforme escreveu:

“Já vos escrevi na minha carta [alusão a uma carta pré-canónica] para não vos relacionardes com os devassos. Não me referia genericamente aos devassos deste mundo, ou aos avarentos, ladrões, ou idólatras, porque, então, teríeis que sair deste mundo. Não. Escrevi que não devíeis associar-vos com quem, dizendo-se irmão [cristão], fosse devasso, avarento, idólatra, caluniador, beberrão ou ladrão. Com estes, nem sequer deveis comer.”

— S. Paulo, 1 COR 5, 9

Ao contrário do que é defendido pelo supracitado Bispo herege da estirpe do cardeal Bergoglio, S. Paulo faz a distinção entre a comunidade cristã, por um lado, e o mundo, por outro lado. Mas o papa herege e os seus acólitos consideram que a comunidade cristã coincide com o mundo.

“Não vos iludais: nem os devassos, nem dos idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os pedófilos, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os beberrões, nem os caluniadores, nem os salteadores herdarão o Reino de Deus.” — 1 COR 6, 9

S. Paulo tratou as mulheres e os homens em uma base de igualdade ontológica (igualdade do ser) — o que não é a mesma coisa que a igualdade física que a cidade de Corinto actual reivindica através da ideologia de género.

“Se algum irmão [cristão] tem uma esposa não crente e esta consente em habitar com ele, não a repudie. E se alguma mulher [cristã] tem um marido não crente e este consente em habitar com ela, não o repudie. Pois o marido não crente é santificado pela mulher, e a mulher não crente é santificada pelo marido; de outro modo, os vossos filhos seriam impuros, quando, na realidade, são santos.

Mas se o não crente quiser separar-se, que se separe, porque, em tais circunstâncias, nem o irmão [cristão] nem a irmã [cristã] estão vinculados.” — 1 COR 7, 12

Ou seja, para a Igreja Católica de S. Paulo, o que é mais importante é a comunidade cristã — e não o mundo. Mas para a igreja herege do papa Francisco I, o que é mais importante é o mundo, e não a comunidade dos cristãos.

“Irmãos, exorto-vos a que tenhais cautela com os que provocam divisões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles. Essa gente não é a Jesus Cristo que serve, mas ao seu próprio ventre; e com palavras lindas e lisonjeiras enganam os corações ingénuos.” — S. Paulo, Romanos 16, 17

Dizer que a Igreja Católica descrimina os casais “não convencionais” é a mesma coisa que defender que as epístolas de S. Paulo deveriam ser deitadas à fogueira da História. E é isso o que os hereges apaniguados do cardeal Bergoglio defendem.

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