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quarta-feira, 25 de setembro de 2024

O Chico, um asno de alto coturno



O Chico é um indivíduo muito limitado, do ponto de vista intelectual; tem o perfil de um político moderno: é um indivíduo que mente com relativa facilidade, é propositadamente ambíguo nas suas posições e proposições, é sistematicamente ambivalente, contradiz-se amiúde. Sobretudo, é embutido do ponto de vista espiritual.

Uma coisa é dizer que todas as religiões têm aspectos positivos; outra coisa, bem diferente, é afirmar que todas as religiões são iguais ou equivalentes.

Só um indivíduo espiritualmente embutido e com graves problemas cognitivos pode propôr a segunda a afirmação. Dizer, por exemplo, que o Islamismo é igual ou equivalente ao Cristianismo, é um erro que só o Chico — ou seja, um asno de alto coturno — comete.

O Chico é um erro grave de “casting”: eu não o considero um Papa legítimo da Igreja Católica.

Aliás, eu deixei de frequentar a Igreja Católica, desde que os padres começaram a “casar” gays em cerimónias litúrgicas. Não tarda nada, teremos o Bispo do Porto, o Manuel Lindinho, a casar-se ele próprio com um Padre peruano, em cerimónia religiosa — para terem filhos peru'anus.



Se a Igreja Católica do Chico é isto, se anda a “casar” gays na igreja, então eu já não sou católico.

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

A normalização do normal


A cidade americana de Somerville estendeu aos grupos “poliamorosos” os direitos civis concedidos pelo Estado às pessoas unidas pelo matrimónio — por exemplo, os direitos decorrentes da Segurança Social e da assistência médica, assim como o direito dos membros dos grupos “poliamorosos” a visitar os seus “cônjuges” nos hospitais.

Rapidamente o "casamento" poliamoroso será legalizado no Estado de Massachusetts.

poliamoria-web

Em um verbete anterior, esbocei a diferença de propósitos entre o marxismo cultural do Bloco de Esquerda — mas também do Livre, do PAN, e mesmo da ala radical do Partido Socialista de que faz parte o António Costa —, por um lado, e o liberalismo de Stuart Mill — do IL (Iniciativa Liberal) e de um certo PSD de Rui Rio —, por outro lado. Chamei à atenção para o facto de, não obstante os métodos de acção política serem semelhantes, os fins a alcançar (num e noutro caso) são díspares, senão mesmo opostos.

Segundo Fernando Pessoa, os liberais são “aqueles que cuja teoria do progresso inculca a ideia de que ele se faz por uma lenta alteração da sociedade, não tanto nem somente dentro de moldes em que essa vida social se encontra vasada”. (…) “Para o liberal, os moldes (culturais) alargam-se mas a sua forma fica”.

O problema (que Fernando Pessoa não terá visto) é o facto de o “progresso” não obedecer a uma qualquer lei da natureza, por um lado; e por outro lado, o facto de só existir progresso na ciência; e mesmo na ciência, o progresso é estabelecido em função de determinados pontos de referência assinalados epistemologicamente “a posteriori” — como escreveu o reaccionário Nicolás Gómez Dávila: “duvidar do progresso é o único progresso”.


Depois da normalização legal da eutanásia, a legalização e a normalização do “casamento” poliamoroso será uma das prioridades do Bloco de Esquerda e do IL (Iniciativa Liberal) e com ajuda preciosa dos me®dia — embora por razões diferentes. O problema é que o IL (Iniciativa Liberal) não se dá conta de que está a fazer o jogo político destrutivo e totalitário do Bloco de Esquerda.

Quando foi da normalização legal do "casamento" gay, os políticos (do Bloco de Esquerda ao PSD, e mesmo no CDS de Paulo Portas) disseram-nos que “a homossexualidade era coisa normal”, não obstante apenas cerca de 2% da população ser homossexual. O termo “normal” passou a ter uma dimensão abstrusa, produto de um nominalismo radical que infesta a cultura das “elites” políticas actuais.

Quando dizemos que o comportamento característico especifica- e exclusivamente de apenas 2% da população “é normal”, estamos a adoptar uma concepção acientífica da realidade social e cultural.


Precisamos de contrariar esta elite política; e para isso necessitamos de um partido político burkeano forte (burkeano, de Edmund Burke):

  • um partido político que defenda a coesão social e os interesses da maioria (mesmo que o católico bonzinho Seara Duque não concorde) e dos seus costumes;
  • um partido político que se oponha sistematicamente à humilhação do povo por parte da elite política (como esta faz constantemente, por exemplo, quando diz que “o povo português é racista”. A humilhação do povo tem o propósito de o submeter e controlar);
  • um partido que defenda os pressupostos morais básicos e as normas fundamentais que caracterizam a vida boa comunitária;
  • um partido que defenda o respeito pela autoridade, a começar pelos pais e extensível aos idosos em geral;
  • um partido que dê valor à família e apoie políticas de nascimento de crianças;
  • um partido que reconheça as nossas dívidas históricas em relação aos mortos, heróis nacionais incluídos.

Esse é o partido da normalização do normal.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

O paralamento português é unânime: a Terra é redonda

 

O parlamento aprovou esta sexta-feira, 11 de Janeiro, por unanimidade, os projectos de lei de Bloco de Esquerda (BE) e partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) que definem que o sexo sem consentimento seja considerado crime de violação”.

E quem pense (basta pensar!) que a Terra não é redonda, incorre em crime de pensamento.

E basta que uma esposa (subjectivamente) se queixe à polícia de que o seu marido a “violou” na intimidade da cama de casal, para que o desgraçado do homem passe a ser criminoso — já não basta a legalização do divórcio unilateral e “na hora”: há que criminalizar o sexo conjugal.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

O Domingos Faria sabe mais de ética católica do que o S. Tomás de Aquino

 

Aristóteles dizia que quando partimos de um princípio errado, todo o nosso raciocínio consequente (por mais “lógico” que seja) está errado. É o caso do Domingos Faria: parte de um princípio errado e por isso incorre (através da lógica mesma) em uma interpretação delirante dos factos.

O primeiro princípio errado é o seguinte: não são os “católicos mais conservadores” ou “mais tradicionalistas” que defendem a ideia segundo a qual o adultério é um pecado mortal: é o próprio Chico a quem chamam de "papa" que defende essa ideia — a não ser que o Domingos Faria venha agora com a ideia peregrina segundo a qual o Chico é um “radical ortodoxo”...!

O adultério é um pecado grave ou mortal na exacta medida em que viola o 9º Mandamento.

O segundo princípio errado do Domingos Faria é o seguinte: ele parte do princípio de que a moral católica se aplica, hoje e necessariamente, a toda a sociedade — o que é falso. A moral católica, hoje como era no tempo de Santo Agostinho, aplica-se aos católicos. Não se deve exigir coercivamente de um pagão moderno que siga a moral católica.

Ademais, o Domingos Faria abusa do conceito de “intenção” (de boas intenções está o inferno cheio) ou de “intencionalidade”. Uma boa intenção pode atenuar um erro, mas não o elimina (S. Tomás de Aquino): o Domingos Faria pensa como um luterano, com a teoria da justificação, em que a moral não é objectiva.

O protestantismo transformou a interiorização do Cristianismo em simples idiossincrasia que permite que perguntemos ao indivíduo pela sua religião, depois de lhe termos perguntado qual a sua côr preferida e qual o seu clube de futebol.


O Domingos Faria deveria saber que a ética católica se distingue, em muito, da ética de Kant, e muito mais da ética intencionalista de Abelardo.

Para o católico, a boa intenção (ou a falta de consciência) é apenas e só uma atenuante — assim como Jesus Cristo disse à mulher adúltera: Vai à tua vida, mas não voltes a pecar!, ou seja, tens atenuantes mas não repitas a receita. Existe em Jesus Cristo uma reprimenda implícita em relação ao comportamento da mulher adúltera. Podemos constatar isto mesmo na ética de S. Tomás de Aquino:

1/ o ser humano tende necessariamente para o seu fim; como todos os seres vivos, tem um arbítrio: move-se por si mesmo e escolhe certos actos entre outros; mas, diferentemente dos outros seres vivos, o Homem é capaz de se representar o objecto do seu desejo na ausência deste, porque pode tornar, ou não, presente um objecto como desejável — e por isso, o arbítrio do Homem é livre (Suma Teológica, I, 59,3);

2/ no Homem, a vontade é um desejo informado pelo intelecto (idem);

3/ a contingência da escolha releva dos juízos racionais que propõem a alternativa dos actos possíveis. Mas, a partir do momento em que o Bem se apresenta ao intelecto, este deseja-o naturalmente — mesmo se mantém a capacidade de se abster! A falta consiste em querer um bem particular que não é o bem devido, e explica-se pela mediação do intelecto: este pode apresentar ao desejo um objecto menos perfeito do que o Bem, e arrastar então o homem para uma escolha desviante (para uma falta). A raiz do pecado reside no intelecto e a liberdade humana consiste em querer o que é racional (o que corresponde a uma ordem cósmica!) — quando o intelecto apresenta ao apetite o Bem verdadeiro e não um bem aparente;

4/ a lei (ética) é uma “ordenação da razão” que tem “em vista o bem comum” para “aquele que tem o encargo de velar pela comunidade”, e “exige promulgação” (Suma Teológica, I,II,90,4). De Deus ao mais humilde homem, passando pelo príncipe, escalona-se toda uma hierarquia de legisladores: cada homem é livre, dotado de uma razão autónoma e legisladora, mas submetida à razão do Legislador Supremo — uma vez que toda a lei exprime a razão divina!;

5/ a lei manifesta-se em três graus: a lei divina, que é sabedoria eterna de Deus; a lei natural, que é a tradução da lei divina na ordem natural; e a lei humana, que é a sua formulação positiva e particular. Neste edifício insere-se a doutrina da virtude: um acto é moralmente bom quando é virtuoso: o vício é contra a natureza. Ora, como o ser humano é racional, o bem moral é aquilo que está de acordo com a razão (Ibidem, I,II,71,2): como em Aristóteles, S. Tomás de Aquino demonstra que a virtude consiste em ordenar as nossas paixões segundo a razão e não em suprimi-las (como defendeu o estoicismo).

6/ cada ser humano está condicionado pelo seu próprio intelecto. Neste contexto, um acto apenas é moral se se conforma com o ditame da consciência. O acto cometido por uma consciência errónea continua a ser mau em si mesmo e distinto daquele que obrigaria uma consciência bem informada. E obedecer à sua consciência errada nada retira à falta prévia de não ter informado a sua consciência: se apenas podemos obedecer à nossa má natureza, temos o dever de a substituir por uma melhor sempre que pudermos.


O exemplo da “provável viúva”, dado pelo Domingos Faria, não “cola”. A lei do Direito Positivo dos “cinco anos de espera da viúva” (ou viúvo) tem origem na tradição católica que seguiu a tradição do Direito romano do tempo de espera do cônjuge provavelmente morto na guerra. Portanto, não se coloca o problema da “presumível viúva que comete adultério”. Na lei católica medieval, um cruzado desaparecido em combate, por exemplo, obrigava a sua esposa a uma espera de cinco anos — salvo se houvesse testemunho fidedigno de que o marido se encontrava cativo dos mouros; de outro modo, ao fim do tempo de espera, a viúva estava livre para casar novamente porque o marido era suposto morto pela própria comunidade.

Quem estudou filosofia, sabe que a tese do Domingos Faria é idiota. Ele pode até perceber muito de lógica, mas contradiz-se quando nega a lógica através de uma defesa da casuística.

O problema da Igreja Católica actual é que gente como o Domingos Faria ou o Anselmo Borges pretende saber mais de ética católica do que S. Tomás de Aquino, por exemplo.


Finalmente: Santo Agostinho não era contra o divórcio e/ou contra o segundo casamento.

Segundo Santo Agostinho:

1/ o divórcio de mulher e homem cristãos (católicos) não é tolerável nem permitido pela Igreja Católica. Mas se um dos cônjuges não for católico e pretender o divórcio do outro cônjuge que é católico (ou vice-versa), a Igreja Católica deve aceitar esse divórcio, por um lado, e permitir que o cônjuge católico divorciado volte a casar, desta vez pela Igreja Católica, com um novo cônjuge católico.

2/ a união sexual do homem e da mulher é natural e é boa. O bem do casamento não é somente a procriação (procriação = colaboração com a obra do Criador), mas é também a união indissolúvel (figura simbólica da união de Jesus Cristo com a Igreja).

3/ a virgindade antes do casamento não é um bem absoluto, mas é “a melhor das coisas boas”: a virgindade é preferível, mas não condição necessária do casamento. O que é um bem em si é o casamento.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

A casuística jesuíta da Nota do Cardeal Patriarca de Lisboa acerca do Amoris Laetitia

 

Eu não compreendo as reclamações do animal Anselmo Borges e do psicótico Frei Bento Domingues em relação ao Cardeal Patriarca de Lisboa no que diz respeito à “Nota para a recepção do capítulo VIII da exortação apostólica 'Amoris Laetitia'” — porque o D. Manuel Clemente apenas tenta servir de charneira (de “mediador”, por assim dizer) entre a tradição da Igreja Católica, por um lado, e os ditos “progressistas” que pretendem realmente destruir a Igreja Católica, por outro lado.

Ou seja: o Cardeal Patriarca de Lisboa não discorda — no essencial — da opinião das duas bestas aludidas em epígrafe.

A revolta do esclerosado Anselmo Borges e do néscio Frei Bento Domingues contra o Cardeal Patriarca de Lisboa só se explica por razões políticas intestinas à Igreja Católica portuguesa que extrapolam a encíclica Amoris Laetitia — porque, no que respeita à encíclica, o cardeal de Lisboa segue as indicações do Chico, a quem chamam de “papa”.


A casuística é um ramo da teologia moral que se desenvolveu principalmente com a Contra-Reforma da Igreja Católica (a partir de finais do século XV) que proporcionou aos Jansenistas a ocasião para atacar os jesuítas que abordavam os casos de consciência dos penitentes católicos como simples problemas jurídicos e, nas suas apreciações, introduziram noções como “restrição mental” – que possibilita a mentira – e “direcção de intenção” – que justifica um crime pelo motivo segundo o qual se cometeu.

Pascal criticou a casuística e os jesuítas.


papa-açorda

A noção de “discernimento” (que faz parte da Nota do Cardeal Patriarca de Lisboa) revela a ambiguidade moral propositada da casuística do jesuíta Chico a quem chamam de “papa”.

Ou seja, o Chico — e também o Cardeal Patriarca de Lisboa, para além das duas cavalgaduras indígenas supracitadas — aborda os casos de consciência dos penitentes católicos como simples problemas jurídicos (neste caso, os casos de consciência em relação ao casamento e divórcio), em que a noção de “discernimento” é de uma subjectividade de tal modo que pode justificar uma qualquer violação da lei moral católica:

«Como deve ser entendida esta abertura? Certamente não no sentido de um acesso indiscriminado aos sacramentos, como por vezes acontece, mas de um discernimento que distinga adequadamente caso por caso.

Quem pode decidir?

Do teor do texto e da mens do seu Autor (o Chico), não me parece que haja outra solução a não ser a do foro interno (do divorciado). De facto, o foro interno (do divorciado recasado) é o caminho favorável para abrir o coração às confidências mais íntimas e, se se tiver estabelecido no tempo uma relação de confiança com um confessor ou com um guia espiritual, é possível iniciar e desenvolver com ele um itinerário de conversão longo, paciente, feito de pequenos passos e de verificações progressivas.

Portanto, não pode ser senão o confessor, a certa altura, na sua consciência, depois de muita reflexão e oração, a ter de assumir a responsabilidade perante Deus e o penitente, e pedir que o acesso aos sacramentos se faça de forma reservada.

Nestes casos, não termina o caminho de discernimento (cf. AL, 303: discernimento dinâmico) para se alcançarem novas etapas em ordem ao ideal cristão pleno.» E acrescentou: «Precisamente a delicadeza de saber discernir, caso por caso, a vontade de Deus sobre essas pessoas, pede-nos a nós, sacerdotes, que nos preparemos bem para sermos capazes de tomar essas graves decisões».

Para o Chico, “não devemos julgar ninguém” (“¿Quem sou eu para julgar?”, perguntou o Chico); mas, quando convém ao Chico, o confessor já deve assumir juízos de valor subjectivos sobre alguém, e em nome de Deus.

Em nada, absolutamente nada no que diz respeito ao Amoris Laetitia, D. Manuel Clemente diverge do Chico a quem chamam de “papa”. A procura de protagonismo me®diático por parte do sacana Borges e do atoleimado Bento Domingues tem apenas como leit motiv discrepâncias políticas e ideológicas: acontece que o Cardeal Patriarca de Lisboa não é marxista, o que incomoda alguns comunas filhos-de-puta que se reclamam hoje donos do catolicismo.

domingo, 11 de fevereiro de 2018

O Anselmo Borges é burro todos os dias

 

« Este sacerdote e académico ( Anselmo Borges) lamenta que a moral católica “continue muito centrada no sexo” e aponta que declarações deste tipo podem afastar as pessoas da igreja, pois, embora o cardeal de Lisboa apenas tenha poder jurídico sobre a sua diocese, socialmente é considerado o chefe eclesiástico do país. »

burrinho todos os dias

O Anselmo Borges segue os conselhos de Alinsky : “acusa sempre os outros da merda que tu fazes”.

Quando já vemos cardeais “progressistas” (como é o caso do cardeal Marx) que defendem o "casamento" gay na Igreja Católica, o Anselmo Borges vem dizer que “é a Igreja Católica (tradicional) que se centra no sexo”. A filha-da-putice do Borges não tem limites.

No que respeita à posição do Patriarca de Lisboa, ainda não tenho opinião formada; logo que a tenha, publico aqui.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

O casamento é a instituição da aliança entre a mulher e o homem com a sucessão das gerações

 

“O artigo que Maria Filomena Mónica escreveu em resposta ao Padre Gonçalo Portocarrero, a propósito de um texto por este publicado, no qual o autor tecia uma série de considerações acerca do matrimónio e da diferença entre pôr termo a um casamento ou pedir a declaração de nulidade do mesmo, merece alguma reflexão da nossa parte”.

Mafalda Miranda Barbosa

Eu não li nem o texto do Padre Gonçalo Portocarrero de Almada, e muito menos o da Maria Filomena Mónica. Mas, através do texto de Mafalda Miranda Barbosa, podemos fazer inferências.

Podemos inferir — sem ter lido os dois textos referidos — que a Mafalda Miranda Barbosa (e o Padre Gonçalo Portocarrero de Almada, também) aborda o casamento na sua vertente contratual → o casamento enquanto contrato (no sentido jurídico); mas o casamento é mais do que um simples contrato: o casamento é uma instituição que se caracteriza pela aliança entre a mulher e o homem — aliança entre os dois sexos —, com a sucessão das gerações.

Portanto, o casamento é uma instituição privada entre duas pessoas de sexos diferentes que não depende necessariamente de um contrato escrito.


casamento-romano-webNa Itália romana do século I, haveria cerca de seis milhões de homens e mulheres livres (cidadãos) e cerca de dois milhões de escravos, domésticos ou trabalhadores agrícolas. Para estes últimos, a instituição privada do casamento era-lhes proibida (até ao século III), e toda essa gente vivia em estado de promiscuidade sexual.

Em contraponto, os cidadãos (livres) podiam recorrer à instituição cívica do casamento: o casamento romano é um acto privado, um facto que nenhum poder público tem que sancionar, é um acto não escrito (não existe contrato de casamento, mas apenas contrato de dote) e mesmo informal. O casamento era um acontecimento privado, como entre nós é a cerimónia do noivado. Em caso de litígio por causa de divórcio ou de heranças, o juiz decidia a partir de indícios — como fazem hoje os tribunais para estabelecer um facto. Indícios, por exemplo, de actos não equívocos como a constituição de um dote, ou ainda gestos que provavam a intenção de se ser esposo: o presumível marido tinha sempre qualificado de “esposa” a mulher que vivia com ele; ou ainda testemunhas podiam atestar que tinham assistido a uma pequena cerimónia de carácter nupcial. Em última instância, apenas os dois cônjuges poderiam saber, em consciência, se eram casados.

Ainda assim, o casamento romano era uma situação de facto, e por isso não deixava de ter efeitos no Direito: as crianças nascidas dessas núpcias são legítimas, e herdam por direito (se o pai não as deserdou), e havia o problema jurídico do divórcio: bastava que o marido ou a mulher se separassem com a intenção de se divorciarem — e os juristas romanos, por vezes, questionavam-se: ¿será um divórcio ou uma zanga? O divórcio, na Roma antiga, era “unilateral e na hora”, tal como acontece hoje em Portugal por iniciativa da Esquerda e de José Sócrates. Não era necessário prevenir o ex-cônjuge, e em Roma havia divorciados por única e unilateral iniciativa da esposa sem que eles soubessem que estavam divorciados.


Com o advento do Cristianismo, o casamento mudou um pouco com a introdução do casamento católico — que continuou a ser (na Alta Idade Média) uma instituição privada não dependente de um contrato escrito, mas agora sancionado por um sacerdote da Igreja Católica e, normalmente, com a presença de testemunhas da sociedade local.

Porém, na Alta Idade Média, era relativamente normal que um Padre católico casasse um casal com “idade própria” (14 anos, para ela) em segredo em relação aos pais (ou dela ou dele, ou de ambos), e bastava a palavra do Padre para que os nubentes fossem considerados “casados”. Mas, com o Cristianismo e com a Igreja Católica, a instituição privada do casamento passou a ser vitalícia (“que o Homem não separe o que Deus uniu”, Marcos 10:9).

Para evitar os “casamentos privados” dos nubentes amorosos e em tenra idade e sem autorização dos pais, e por causa das heranças e dos casamentos arranjados para enriquecimento das famílias, surgiram os impedimentos jurídicos à acção da Igreja Católica: primeiro, com os assentamentos paroquiais (registo paroquial de casamento, lavrado com testemunhas, exigido pelo poder político), e mais tarde (com a Reforma protestante), o registo civil independentemente do casamento religioso (para os cristãos protestantes, o casamento não é um sacramento, ao contrário do que acontece ainda hoje na Igreja Católica onde o casamento é um sacramento).

O casamento católico, para além de ser uma instituição privada, é um sacramento que só é anulável em determinadas situações.

Por exemplo, S. Paulo defendeu a ideia segundo a qual é perfeitamente aceitável que uma mulher cristã se divorcie de um homem pagão ou ateu (ou vice-versa), mas já é impossível (segundo S. Paulo) o divórcio em um casamento de uma mulher e um homem cristãos — salvo nos casos de não-consumação do casamento. A concepção católica do casamento não mudou muito desde S. Paulo; acontece, porém, que o papa Chiquinho pretende colocar S. Paulo na prateleira, neste e noutros aspectos da doutrina da Igreja Católica.

quinta-feira, 2 de março de 2017

Parece que o Conraria é professor universitário; há que sanear as cátedras dos burros

 

O António Balbino Caldeira destruiu aqui a tese marxista cultural do Conraria (que é professor universitário) sobre a putativa relação directa entre o "casamento" gay e a redução do suicídio adolescente nos Estados Unidos. Se eu estivesse no lugar do Conraria, borrava a cara com esterco.

A burrice do Conraria é a de pensar que as ciências sociais são tão exactas quanto as ciências da natureza; o burro pensa mesmo assim. Burro que nem uma porta. Assim como ele invocou um qualquer “estudo”, eu poderia invocar três ou quatro “estudos” que contradizem o “estudo” que o burro invocou.

Em política, o que parece, é. E parece que o Conraria é burrinho.

domingo, 11 de dezembro de 2016

A Esquerda aliou-se à Direita para legalizar a poligamia


Na Austrália, como acontece também em Portugal, uma mãe solteira recebe mais do Estado, por cada filho que tenha, do que se fosse casada. Portanto, compensa ser mãe solteira; e parece que o Estado incentiva a ausência do pai.

É sabido que, em alguns países de maioria islâmica, é normal que os muçulmanos pratiquem a poliginia; e existe uma substancial imigração muçulmana na Austrália. A SS (Segurança Social) australiana, no sentido de pagar menos por cada criança nascida de mãe muçulmana, assumiu tacitamente a legalização da poligamia para que assim poder pagar menos por cada criança de uma família muçulmana polígama.

“CENTRELINK is ignoring Islamic polygamy, paying spousal benefits to Muslim families with multiple wives in an effort to save taxpayers’ money.

The welfare agency has revealed it refuses to collect data on polygamous marriages under Islamic law, despite the fact some families are claiming to be living in a domestic relationship with more than one woman when claiming welfare”.

Centrelink ‘legalises’ multiple Muslim wives

foto-em-familiaVemos que, na origem da “legalização forçada” da poliginia,  estão três aspectos eruptivos da cultura ocidental:

1/ a ideia de esquerda marxista segundo a qual se deve beneficiar a mãe solteira em relação à mãe casada (Engels e o matriarcado);

2/ a ideia de direita liberal segundo a qual a poupança das despesas do Estado justifica qualquer atropelo à lei, ao senso-comum, ao bom senso e à cultura antropológica ocidental;

3/ a ideia da esquerda marxista cultural e da direita liberal segundo a qual os apoios do Estado às crianças são dadas a indivíduos, e não a famílias.

Portanto, para pagar menos à mulher por cada filho, a SS (Segurança Social) australiana reconhece tacitamente a legalidade da poliginia. Isto significa que várias mulheres vivendo sob o mesmo tecto maritalmente com um só e mesmo homem, todas elas recebem os subsídios “legais” do Estado como se fossem legalmente casadas com ele.

O problema está no ênfase dado pelo Estado ocidental ao indivíduo, desprezando a noção de família natural cristã que pressupõe uma igualdade no Direito Natural entre homem e mulher, por um lado, e por outro lado que a noção de família pressupõe o casamento segundo a civilização ocidental.

terça-feira, 21 de junho de 2016

O nominalismo do papa Chico

 

O papa Chiquinho disse recentemente duas coisas: 1/ que a maioria dos casamentos católicos são inválidos; 2/ que conhece casos de união-de-facto que, estes sim!, são realmente “casamentos”.

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O Chico segue a tradição dos jesuítas que inventaram a “casuística”. A casuística defende a ideia de que não existem regras, nem excepções — senão quando nos dá jeito que existam. Para o Chiquinho, não existe o juízo universal (o que é também uma característica do politicamente correcto). E o Chico serve-se da casuística para malhar nos católicos. O papa Chiquitito adora bater nos católicos.

Em vez de combater uma determinada cultura politicamente correcta, o Chico combate as pessoas. O alvo dele não é a ideologia da moda: são as pessoas — o que é uma forma de camuflar a ideologia.


papa-freak-webO nominalismo é a teoria segundo a qual “nada há de universal no mundo para além das denominações, porque as coisas nomeadas são todas individuais e singulares”. O Nominalismo nega a existência dos géneros e das espécies que, alegadamente, não existiriam senão em nome.

Por exemplo, segundo o nominalismo (se levarmos o conceito até às suas últimas consequências), não existe a categoria de “ser humano”: em vez disso, existe apenas o Manuel, o José, o Roberto, etc.. O conceito de “ser humano” é apenas uma etiqueta (segundo os nominalistas), graças à qual podemos representar a classe de indivíduos; as ideias gerais (representadas por categorias) não têm um objecto real: são apenas abstracções obtidas por intermédio da linguagem. Ou seja, o nominalismo defende a ideia segundo a qual as coisas ou objectos da experiência não têm realidade intrínseca fora da linguagem que as descreve.

Mas os nominalistas não fazem a seguinte pergunta: se o Manuel e o Joaquim são diferentes, ¿qual é a razão das semelhanças entre os dois?

Partindo do princípio evidente de que o Manuel e o Joaquim são semelhantes (embora não sejam idênticos), a razão das semelhanças entre os dois deve ser, com certeza, objectiva. Ou seja, a razão das semelhanças entre o Manuel e o Joaquim não é uma “abstracção”, no sentido de “inexistente” ou “irreal”.

O nominalismo do papa Chico é uma forma de materialismo.


Na Idade Média, a cerimónia do casamento dito “católico” realizava-se fora da igreja.

As igrejas, em geral, tinham uma porta lateral e secundária, onde, no limiar da porta, o Padre coordenava as cerimónias de casamento: os nubentes, familiares e convidados permaneciam fora da igreja. Só depois dos votos, da troca de alianças e do aperto de mão (os noivos medievais não davam beijo na boca: apertavam as mãos, por um lado, e por outro lado davam apenas o “beijo da paz” na face), então entravam todos para a igreja para a celebração da missa. Ou seja, separava-se o profano, por um lado, do sagrado, por outro lado: a Igreja Católica da Idade Média considerava a cerimónia do casamento um acto profano e secular.

Na Idade Média não era necessária a presença de um Padre para o casamento, que se caracterizava como um acto social e secular. A cerimónia do casamento poderia ser efectuada sem a presença do Padre, por exemplo, em um notário; e se o casamento fosse completado por relações sexuais, criava, segundo os cânones católicos e prática existentes, um casamento legal e sagrado. Colocado no limiar da porta da igreja, o Padre não estava a celebrar ou a administrar um sacramento, mas antes a verificar a adequada conduta de uma operação social que tinha muito mais de profano do que de sagrado. O sacramento do casamento católico seria administrado mais tarde, durante a missa, em que estavam presentes os noivos, famílias, e convidados.

A situação mudou por causa dos alegados “casamentos clandestinos” que punham em causa as heranças. O mundo secular e político pressionou a Igreja Católica no sentido da mudança de postura em relação ao casamento.

Na Idade Média era relativamente normal que um casal procurasse um Padre para se casarem de forma “clandestina” — ou seja, sem conhecimento das respectivas famílias. O Padre casava-os, desde que ambos fossem mentalmente idóneos e tivessem atingido a puberdade. Mas, muitas vezes, as respectivas famílias tinham outros planos, e tinham já casamentos arranjados com filhos ou filhas de famílias ricas.

Ou seja, a Igreja Católica ia muitas vezes, sem querer, contra interesses materiais privados das heranças: segundo a doutrina mantida pelos teólogos do século XII, bastava uma troca de consentimentos e de palavras adequadas entre duas pessoas fisicamente capazes e frente a um sacerdote, em qualquer circunstância e de qualquer forma, se verificasse um casamento sacramentado. Isto significava que o casamento — segundo a Igreja Católica medieval — era possível sem a participação dos pais ou sem uma série de rituais sociais e profanos.

Perante a pressão do Poder político sobre a Igreja Católica no sentido de mudar a sua doutrina acerca do casamento, os jesuítas aproveitaram a oportunidade para controlar totalmente a instituição casamento. O cardeal Morone (um apoiante dos jesuítas) surgiu com a ideia segundo a qual a Igreja Católica deveria aceitar a invalidação dos casamentos “clandestinos”, mas alterando a definição de “clandestinidade”. Os jesuítas são inteligentes, mas de uma inteligência perversa.

No futuro (a partir de meados do século XVI), todos os casamentos deveriam ser administrados pela Igreja Católica, perante o pároco e as testemunhas. Acabaram os casamentos “clandestinos” que pusessem em causa as heranças; e os nubentes eram exortados — mas não obrigados — a adiar as relações sexuais para depois da bênção do casamento durante a missa nupcial. Acabaram as cerimónias de casamento à porta da igreja. Ao afastar a doutrina da lei canónica, segundo a qual um contrato matrimonial seguido de copula carnis constituía um casamento cristão (ignorando o vasto conjunto de ritos sociais profanos), o casamento deixou de ser um processo social que a Igreja Católica garantia, para passar a ser um processo eclesiástico que a Igreja Católica administrava — conforme o Ritual Romano de 1612, que deslocou o rito cumprido a porta da igreja para o altar, e que passou a dar pouca atenção às tradições da Europa católica.

Ou seja, o papa Chico, aparentemente, tem razão. Mas só aparentemente. Para que um casamento seja cristão, não necessita de um Padre, nem que seja realizado dentro de uma igreja. Mas ele não tem razão quando se esquece que, mesmo que um casamento se realize à porta da igreja, só será cristão quando os casados adoptem um projecto de vida que passa pela fé cristã.

sábado, 30 de abril de 2016

A sexortação pós-sinodal "A alegria do amor", do papa Chico

 

O papa Pio X avisou-nos que a ambiguidade é uma arma dos relativistas para apresentar as suas doutrinas sem uma ordem clara e identificável, dando a ilusão de que o ambíguo relativista pode ter dúvidas quando, na realidade, sabe bem o que quer.

Como não podia deixar de ser, o Anselmo Borges faz uma ode à sexortação pós-sinodal "A alegria do amor". Começa por dizer que “a pessoa é a verdade”, para daí concluir que “qualquer pessoa é a verdade”; ou seja, infere-se que a pessoa do santo é a verdade, na mesma proporção em que a pessoa do assassino é a verdade. O Anselmo Borges faz lembrar o Marginalismo.

A sexortação pós-sinodal "A alegria do amor" do papa Chico segue dois padrões ideológicos: a casuística jesuíta e a intencionalidade subjectivista de Pedro Abelardo. A ler:

Não vou aqui comentar profusamente a opinião do Anselmo Borges acerca da “profunda alteração do casamento”, porque só isso daria um artigo. O casamento, em si mesmo, não se alterou; o que se alterou foi a cultura, e as culturas não são todas iguais ou equivalentes entre si. O divórcio não é invenção moderna; já existia, por exemplo, entre os romanos do império, e não consta que os romanos fossem modernos e prá-frentex; a redução da chamada “família tradicional” a uma unidade económica é um absurdo, porque toma a parte pelo todo.

Para além de impôr a casuística como norma arbitrária, por um lado, e de adoptar o subjectivismo como padrão de juízo ético (o que é impossível, em termos práticos), por outro lado, o papa Chico repudia as epístolas do verdadeiro S. Paulo, para além de se colocar acima de Jesus Cristo quando Este definiu o casamento (“não separe o homem aquilo que Deus uniu”). O papa Chico considera-se acima do próprio Jesus Cristo, e o Anselmo Borges presta-lhe vassalagem.

O papa Chico é o coveiro da Igreja Católica, com a bênção de Anselmo Borges e quejandos. O Anselmo Borges pode enganá-lo a si, caro leitor; mas não engana toda a gente. O Anselmo Borges não resistiria a cinco minutos de discussão comigo acerca do papa Chico. E ele sabe disso; e por isso é que tenta branquear aquilo que está de tal forma maculado que já não pode ser recuperado.

domingo, 6 de dezembro de 2015

O casamento é hoje uma amizade permitida pela polícia

 

O casamento foi uma instituição, passou a ser um contrato, e hoje é uma espécie de amizade permitida pela polícia.

casamento gay 300 webO casamento não é, hoje, sequer um contrato — porque um contrato, por definição, implica a existência de uma promessa mútua entre os contratantes em relação ao futuro, e uma penalização para quem não cumpre essa promessa.

Com o divórcio unilateral implementado pela Esquerda através do imoral José Sócrates, a noção de “contrato” já não se aplica ao casamento. O argumento da necessidade do "casamento" gay foi o pretexto para a erradicação do contrato do casamento do quadro legal.

O problema é o de que o fim do contrato do casamento que fundamenta a família, tem repercussão na economia — porque o fim do contrato que organiza a família tem consequências na cultura antropológica que está no centro da economia política.

São as regras e o cumprimento de promessas (os contratos) que tornam o mundo mais previsível e permitem o funcionamento da economia. Se o contrato fundador da sociedade (o casamento) é retirado da lei, não existe qualquer motivo racionalmente fundamentado para que se respeitem quaisquer outros contratos.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

O delírio gay vai ter que acabar; é uma questão de tempo

 

Maria é casada e mãe de dois filhos, mas o facto de ser lésbica torna a sua família diferente aos olhos da legislação europeia, retira direitos aos seus filhos e impede a família de circular livremente pela Europa.

“A realidade é contada por Maria von Känel, presidente da Rede de Associações Europeias de Famílias LGBT (NELFA, na sigla em inglês), que está em Portugal, juntamente com a mulher e os dois filhos, para participar no quarto encontro europeu de famílias arco-íris, ou seja, famílias onde há, pelo menos, uma pessoa Lésbica, Gay, Bissexual ou Transgénero (LGBT)”.

Famílias LGBT querem reconhecimento e liberdade de circulação na Europa

Como podemos verificar no texto, Maria é “casada” com uma mulher e, alegadamente, com ela teve dois filhos.

Qualquer pessoa sabe que uma mulher não pode ter filhos com outra mulher; mas os me®dia alimentam e promovem, na cultura antropológica, o delírio da segunda realidade da Ideologia de Género.

O que o cidadão vulgar questiona é a razão por que os me®dia afirmam a ideia segundo a qual “é possível a uma mulher fazer filhos com outra mulher”, ou “um homem fazer filhos com outro homem”.

E a resposta é simples: o que se pretende é destruir o casamento e a família natural que foi o esteio da civilização europeia. O retorno à barbárie é a melhor forma de controlar o indivíduo.

domingo, 11 de outubro de 2015

O Anselmo Borges e a Samaritana de Sicar

 

« Disse-lhe a mulher: “Senhor, dá-me dessa água, para eu não ter sede, nem ter de vir cá tirá-la”. Respondeu-lhe Jesus: “Vai, chama o teu marido e volta cá.” A mulher retorquiu-lhe: “Eu não tenho marido.”

Declarou-lhe Jesus: “Disseste bem: 'não tenho marido', pois já tiveste cinco e o que tens agora não é teu marido. Nisto falaste verdade. »

→ S. João, 4, 15 – 18

Qualquer pessoa com dois dedos de testa (que parece não ser o caso de Anselmo Borges) verifica que Jesus Cristo criticou — embora de forma benévola — a samaritana de Sicar. Não é possível outra interpretação das palavras de Jesus. Ademais, temos Marcos 10, 3 – 9:

« Jesus perguntou (aos fariseus): “ ¿O que vos ordenou Moisés (acerca do divórcio)?”. (Os fariseus) disseram: “Moisés mandou escrever um documento de repúdio e divorciar-se dela (da esposa)”. Jesus retorquiu:

“Devido à dureza do vosso coração é que ele vos deixou esse preceito. Mas, desde o princípio da criação, Deus fê-los homem e mulher. Por isso, o homem deixará o seu pai e a sua mãe para se unir à sua mulher, e serão os dois um só. Portanto, já não são dois, mas um só. Pois bem, o que Deus uniu não o separe o homem. »

À luz dos Evangelhos, o divórcio é impossível: “o que Deus uniu não o separe o homem”.

Pode haver divórcio no Código Civil, mas na Igreja Católica não existe divórcio salvo em casos excepcionais previstos no Direito Canónico. Por isso é que a Igreja Católica recomenda que os nubentes pensem bem no que estão a fazer antes de se casarem pela Igreja: se ponderam a possibilidade futura de divórcio, deixem a Igreja Católica em paz e casem-se pelo civil.

O papa-açorda Francisco e seus sequazes (como é o caso, por exemplo, de Anselmo Borges ou de Frei Bento Domingues) não podem alterar discricionariamente o Direito Canónico, introduzindo o “divórcio católico” — como se a Igreja Católica fosse uma coutada do anticristo.

Não podem dizer que os textos supracitados dos Evangelhos não existem; ou não devem fazer de conta que não existem. Não devem dizer que “os tempos mudaram e que os Evangelhos de Jesus Cristo deixaram de ser válidos”; ou podem dizê-lo, mas não o façam em nome da Igreja Católica e do Cristianismo em geral. Desamparem-nos a loja!

domingo, 13 de setembro de 2015

O jornal Observador, a Ideologia de Género, a afirmação da noção quântica de “família” ou “a família matemática”

 

O jornal Observador diz que não é de Esquerda; mas faz a apologia da Ideologia de Género. A ideia de uma certa “direita” neoliberal é a de “recuperar” o ideário de Esquerda de forma a esvaziar sua (desta) agenda política — nem que seja defendendo que o absurdo tem lógica.

Este texto no Observador, que defende a Ideologia de Género, baseia-se em uma só proposição fundamental:

« Isabel socorre-se de vários estudos e defende que “o que importa numa família é a relação entre os membros, e não a constituição da mesma. É a relação e não o formato da família que proporciona bem-estar”. »

Todo o resto do relambório é uma narrativa de uma ideologia política que nada tem de lógica nem de ciência. Portanto, vamo-nos concentrar nessa proposição.

foi cesarianaSegundo a proposição supracitada, uma família pode ser tudo o que se quiser em função da relação entre os membros — uma vez que a constituição (a forma, ou a estrutura) da família não importa. É isto que está lá escrito. Bom... se uma família pode ser tudo o que se possa imaginar, então a família passa a ser nada, porque deixa de existir uma noção prática e concreta de “família”. É isto que o jornal Observador defende: não deve existir, pelo menos em teoria, uma definição de “família”.

Há nessa proposição uma contradição: por um lado, “é a relação que importa”, e não a estrutura (a forma interna da família); mas, por outro lado, a dita proposição baseia-se na noção de “estrutura”, segundo as ditas “ciências sociais”, que consiste em uma totalidade organizada que não se reduz à soma das suas partes, mas definindo-se, pelo contrário, pelas relações de independência e de solidariedade do conjunto dos elementos que a constituem.

Ou seja, a proposição supracitada afirma que “a estrutura da família não importa”, mas baseando-se, nessa afirmação, na noção de “estrutura” das ditas “ciências sociais”. Estamos perante uma redundância, ou melhor, estamos perante uma tautologia.

Esta contradição é muito difícil de ser apreendida pelo cidadão normal. Ou seja, a Ideologia de Género aproveita-se da ignorância geral do cidadão, e por isso é que é perigosa. Penso mesmo que a propaganda da Ideologia de Género deveria ser proibida por lei.

¿O que é uma “relação”?

No sentido comum, “relação” é qualquer laço que una um termo ou um objecto a outro. Um sistema de relações entre elementos quaisquer e permutáveis – por exemplo, um jogo de cartas – é uma “estrutura”.

As ciências formais (por exemplo, a matemática) consideram o sistema lógico das relações independentemente dos elementos que associam. Na matemática, por exemplo, a axiomatização consiste na abstracção do sentido dos termos para considerar apenas as relações.

O modelo da relação é uma categoria do acidente (Aristóteles) que coloca duas noções em determinada relação. Por outro lado, as coisas (ou os termos) existem independentemente das relações (Bertrand Russell e empirismo).

Na física quântica, não existem objectos, mas apenas relações entre objectos.

Quando se afirma que “o que importa numa família é a relação entre os membros, e não a constituição da mesma. É a relação e não o formato da família que proporciona bem-estar” — para além da negação tautológica segundo a qual “uma estrutura não é uma estrutura” — , o que se está a afirmar é as relações dentro de uma família são relações quânticas.

Segundo o jornal Observador, a família baseia-se em um modelo matemático segundo o qual as relações existem independentemente dos elementos que associam. A axiomatização do sentido de “família” consiste na abstracção do sentido dos termos que a compõem para considerar apenas as relações.

Hoje, o conceito de “família” — segundo o Observador e a Ideologia de Género — é um conceito quântico e matemático. É uma abstracção, e por isso não pode ser sequer um conceito, porque a noção científica de “conceito” só faz sentido por meio de uma experiência concreta. Em ciência, os conceitos não têm sentido no absoluto; a sua definição é apenas operacional.

Portanto, segundo o jornal Observador e a Ideologia de Género, não existe sequer um conceito de “família”; e, se não existe um conceito de “família”, também não existe uma noção de “família”. A família passa a ser tudo e nada ao mesmo tempo.

Ora, é este absurdo que é publicado no jornal Observador em nome do “pluralismo”. Talvez tenha chegado o tempo de voltarmos à censura da imprensa.

sábado, 12 de setembro de 2015

Casamento e divórcio católicos: voltemos às origens e a Santo Agostinho

 

Eu não sei o que o Anselmo Borges quer dizer com este relambório, porque ele não é claro. É um exemplo de um discurso redondo balizado pela sua (dele) consciência.

Eu prefiro seguir Santo Agostinho, que disse o seguinte sobre o casamento:

1/ o divórcio de mulher e homem cristãos (católicos) não é tolerável nem permitido pela Igreja Católica. Mas se um dos cônjuges não for católico e pretender o divórcio do outro cônjuge que é católico, a Igreja Católica deve aceitar esse divórcio, por um lado, e permitir que o cônjuge católico divorciado se volte a casar, desta vez pela Igreja Católica, com um novo cônjuge católico, por outro lado.

2/ a união sexual do homem e da mulher é natural e é boa. O bem do casamento não é somente a procriação (procriação = colaboração com a obra do Criador), mas é sobretudo a união indissolúvel (figura simbólica da união de Jesus Cristo com a Igreja).

3/ a virgindade antes do casamento não é um bem absoluto, mas é “a melhor das coisas boas”: a virgindade é preferível, mas não condição necessária do casamento. O que é um bem em si, é o casamento.

E ninguém pode dizer que Santo Agostinho não foi “casado” antes de ser Bispo de Hipona, e que não conheceu mulher. Nem o Anselmo Borges.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Isto é moderno e progressista

 

« "During that first ovulation period, the guys would stop by and after every attempt, we'd have a cup of tea while Daantje sat on the couch with her legs up in the air.

Thankfully, it only took two months for her to get pregnant, because I remember thinking, Imagine if we have to do this for a full year: all those jars of semen and basters and all that," elaborates Dewi. »

These Five People Are About to Have a Baby Together

familia-do-putedoO que não é novo neste conceito de “família” é a mulher enquanto puta

sexta-feira, 10 de julho de 2015

O gayzismo e o casamento

 

“O espírito diz abertamente que, nos últimos tempos, alguns hão-de apostatar da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas diabólicas, seduzidos pela hipocrisia de mentirosos, cuja consciência foi marcada com ferro em brasa.

Proibirão o casamento e o uso de alimentos que Deus criou para serem consumidos em acção de graças pelos que têm fé e conhecem a verdade.”

— 1 Timóteo 4, 1-4

quarta-feira, 1 de julho de 2015

A intolerância dos gays

 

« A street preacher was repeatedly punched in the head and kicked by two men at Seattle’s Pridefest this past Sunday – and the entire confrontation was caught on camera.

In disturbing video footage uploaded on Youtube and reported by Seattle’s KOMO news, two Christian street preachers can be seen standing on a grassy area. One of the preachers holds a sign that says “Jesus saves and heals,” and “Repent or else,” while the other holds a Bible. »

Seattle gay pride participants viciously beat Christian street preacher (vídeo)

Isto só agora começou. Em breve os gayzistas irão ter protecção do Estado, da mesma forma que os camisas castanhas foram protegidos pelo Estado nazi.

 

sexta-feira, 26 de junho de 2015

“O passado foi ilegalizado”

Homosexual “marriage” is political exploitation and a brilliant means of social control, fostering endless cultural division — division that has only just begun — and psychological bondage. It is libido dominandi at its finest.

Better yet, don’t feel anger at all. Pray for your children and for your country, from which you will now be forced to detach yourself. Have confidence in God as we head toward more, previously unimaginable chaos.

Everything, our entire system of family law, will be redefined. The past is now for all intents and purposes illegal. But marriage has not changed at all. No interpretation of our Constitution, no judge, no individual can change it.”

Homosexual “Marriage” Enforced by Judicial Fiat