sábado, 30 de abril de 2016

A sexortação pós-sinodal "A alegria do amor", do papa Chico

 

O papa Pio X avisou-nos que a ambiguidade é uma arma dos relativistas para apresentar as suas doutrinas sem uma ordem clara e identificável, dando a ilusão de que o ambíguo relativista pode ter dúvidas quando, na realidade, sabe bem o que quer.

Como não podia deixar de ser, o Anselmo Borges faz uma ode à sexortação pós-sinodal "A alegria do amor". Começa por dizer que “a pessoa é a verdade”, para daí concluir que “qualquer pessoa é a verdade”; ou seja, infere-se que a pessoa do santo é a verdade, na mesma proporção em que a pessoa do assassino é a verdade. O Anselmo Borges faz lembrar o Marginalismo.

A sexortação pós-sinodal "A alegria do amor" do papa Chico segue dois padrões ideológicos: a casuística jesuíta e a intencionalidade subjectivista de Pedro Abelardo. A ler:

Não vou aqui comentar profusamente a opinião do Anselmo Borges acerca da “profunda alteração do casamento”, porque só isso daria um artigo. O casamento, em si mesmo, não se alterou; o que se alterou foi a cultura, e as culturas não são todas iguais ou equivalentes entre si. O divórcio não é invenção moderna; já existia, por exemplo, entre os romanos do império, e não consta que os romanos fossem modernos e prá-frentex; a redução da chamada “família tradicional” a uma unidade económica é um absurdo, porque toma a parte pelo todo.

Para além de impôr a casuística como norma arbitrária, por um lado, e de adoptar o subjectivismo como padrão de juízo ético (o que é impossível, em termos práticos), por outro lado, o papa Chico repudia as epístolas do verdadeiro S. Paulo, para além de se colocar acima de Jesus Cristo quando Este definiu o casamento (“não separe o homem aquilo que Deus uniu”). O papa Chico considera-se acima do próprio Jesus Cristo, e o Anselmo Borges presta-lhe vassalagem.

O papa Chico é o coveiro da Igreja Católica, com a bênção de Anselmo Borges e quejandos. O Anselmo Borges pode enganá-lo a si, caro leitor; mas não engana toda a gente. O Anselmo Borges não resistiria a cinco minutos de discussão comigo acerca do papa Chico. E ele sabe disso; e por isso é que tenta branquear aquilo que está de tal forma maculado que já não pode ser recuperado.

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