segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

A casuística jesuíta da Nota do Cardeal Patriarca de Lisboa acerca do Amoris Laetitia

 

Eu não compreendo as reclamações do animal Anselmo Borges e do psicótico Frei Bento Domingues em relação ao Cardeal Patriarca de Lisboa no que diz respeito à “Nota para a recepção do capítulo VIII da exortação apostólica 'Amoris Laetitia'” — porque o D. Manuel Clemente apenas tenta servir de charneira (de “mediador”, por assim dizer) entre a tradição da Igreja Católica, por um lado, e os ditos “progressistas” que pretendem realmente destruir a Igreja Católica, por outro lado.

Ou seja: o Cardeal Patriarca de Lisboa não discorda — no essencial — da opinião das duas bestas aludidas em epígrafe.

A revolta do esclerosado Anselmo Borges e do néscio Frei Bento Domingues contra o Cardeal Patriarca de Lisboa só se explica por razões políticas intestinas à Igreja Católica portuguesa que extrapolam a encíclica Amoris Laetitia — porque, no que respeita à encíclica, o cardeal de Lisboa segue as indicações do Chico, a quem chamam de “papa”.


A casuística é um ramo da teologia moral que se desenvolveu principalmente com a Contra-Reforma da Igreja Católica (a partir de finais do século XV) que proporcionou aos Jansenistas a ocasião para atacar os jesuítas que abordavam os casos de consciência dos penitentes católicos como simples problemas jurídicos e, nas suas apreciações, introduziram noções como “restrição mental” – que possibilita a mentira – e “direcção de intenção” – que justifica um crime pelo motivo segundo o qual se cometeu.

Pascal criticou a casuística e os jesuítas.


papa-açorda

A noção de “discernimento” (que faz parte da Nota do Cardeal Patriarca de Lisboa) revela a ambiguidade moral propositada da casuística do jesuíta Chico a quem chamam de “papa”.

Ou seja, o Chico — e também o Cardeal Patriarca de Lisboa, para além das duas cavalgaduras indígenas supracitadas — aborda os casos de consciência dos penitentes católicos como simples problemas jurídicos (neste caso, os casos de consciência em relação ao casamento e divórcio), em que a noção de “discernimento” é de uma subjectividade de tal modo que pode justificar uma qualquer violação da lei moral católica:

«Como deve ser entendida esta abertura? Certamente não no sentido de um acesso indiscriminado aos sacramentos, como por vezes acontece, mas de um discernimento que distinga adequadamente caso por caso.

Quem pode decidir?

Do teor do texto e da mens do seu Autor (o Chico), não me parece que haja outra solução a não ser a do foro interno (do divorciado). De facto, o foro interno (do divorciado recasado) é o caminho favorável para abrir o coração às confidências mais íntimas e, se se tiver estabelecido no tempo uma relação de confiança com um confessor ou com um guia espiritual, é possível iniciar e desenvolver com ele um itinerário de conversão longo, paciente, feito de pequenos passos e de verificações progressivas.

Portanto, não pode ser senão o confessor, a certa altura, na sua consciência, depois de muita reflexão e oração, a ter de assumir a responsabilidade perante Deus e o penitente, e pedir que o acesso aos sacramentos se faça de forma reservada.

Nestes casos, não termina o caminho de discernimento (cf. AL, 303: discernimento dinâmico) para se alcançarem novas etapas em ordem ao ideal cristão pleno.» E acrescentou: «Precisamente a delicadeza de saber discernir, caso por caso, a vontade de Deus sobre essas pessoas, pede-nos a nós, sacerdotes, que nos preparemos bem para sermos capazes de tomar essas graves decisões».

Para o Chico, “não devemos julgar ninguém” (“¿Quem sou eu para julgar?”, perguntou o Chico); mas, quando convém ao Chico, o confessor já deve assumir juízos de valor subjectivos sobre alguém, e em nome de Deus.

Em nada, absolutamente nada no que diz respeito ao Amoris Laetitia, D. Manuel Clemente diverge do Chico a quem chamam de “papa”. A procura de protagonismo me®diático por parte do sacana Borges e do atoleimado Bento Domingues tem apenas como leit motiv discrepâncias políticas e ideológicas: acontece que o Cardeal Patriarca de Lisboa não é marxista, o que incomoda alguns comunas filhos-de-puta que se reclamam hoje donos do catolicismo.

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