Eu não sei o que o Anselmo Borges quer dizer com este relambório, porque ele não é claro. É um exemplo de um discurso redondo balizado pela sua (dele) consciência.
Eu prefiro seguir Santo Agostinho, que disse o seguinte sobre o casamento:
1/ o divórcio de mulher e homem cristãos (católicos) não é tolerável nem permitido pela Igreja Católica. Mas se um dos cônjuges não for católico e pretender o divórcio do outro cônjuge que é católico, a Igreja Católica deve aceitar esse divórcio, por um lado, e permitir que o cônjuge católico divorciado se volte a casar, desta vez pela Igreja Católica, com um novo cônjuge católico, por outro lado.
2/ a união sexual do homem e da mulher é natural e é boa. O bem do casamento não é somente a procriação (procriação = colaboração com a obra do Criador), mas é sobretudo a união indissolúvel (figura simbólica da união de Jesus Cristo com a Igreja).
3/ a virgindade antes do casamento não é um bem absoluto, mas é “a melhor das coisas boas”: a virgindade é preferível, mas não condição necessária do casamento. O que é um bem em si, é o casamento.
E ninguém pode dizer que Santo Agostinho não foi “casado” antes de ser Bispo de Hipona, e que não conheceu mulher. Nem o Anselmo Borges.
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