quinta-feira, 30 de outubro de 2014

A brutalidade e a desumanidade de Passos Coelho

 

“A casa onde vive com três filhos e duas netas vai hoje a leilão por uma dívida do Imposto Único de Circulação.

Ana Dias (nome fictício) deve 1.900 euros ao Fisco, de Imposto Único de Circulação (IUC), porque há cerca de cinco anos mandou abater os dois carros da família e não deu baixa nas Finanças. "Eu sei que a culpa é minha, que devia ter dado baixa dos carros nas Finanças. Mas na altura nem me lembrei disso, não tive o cuidado de pedir os papéis na sucata. Não foi por mal", justifica.

Às dívidas do IUC, não mais de 500 euros, somam-se agora as coimas avultadas. Diz que não tem ninguém que lhe possa emprestar esse dinheiro. Ana Dias tem 52 anos, é viúva e mãe de seis filhos. A casa, onde vive com três dos filhos e mais duas netas, é posta à venda hoje às 10 horas. A notícia chegou-lhe há um mês.”

Fisco vende hoje casa de família por dívida de 1.900 Euros


A Passos Coelho não chega o julgamento político nas próximas eleições: o que ele fez ao país, nomeadamente na área dos impostos, tem contornos criminosos.

Qualquer pessoa de bom-senso vê que a acção do fisco é desproporcionada — não só neste caso, mas em geral. “Sacar” uma casa de família por 1.900 Euros é uma brutalidade política, só comparável com a acção discricionária do Estado nos regimes totalitários.

Haveria outras formas de pagar a dívida, nomeadamente através de serviço comunitário. Mas a brutalidade do sistema fiscal, protagonizado por Passos Coelho, optou pela desumanidade própria dos regimes mais brutais que a História conheceu.

Passos Coelho representa o terrorismo de Estado em Portugal. E é nessa condição que ele tem que ser levado a tribunal por cidadãos organizados (como José Sócrates deveria ter ido a tribunal, embora por razões diferentes).

José Sócrates e Passos Coelho são duas faces da mesma moeda: gente sem escrúpulos e moralmente deficiente; psicopatas alcandorados ao Poder. Gente sem planta nenhuma, sem estrutura ética e intelectualmente débil.

2 comentários:

  1. Tenho "pena" de Passos Coelho: se aqueles que ele serviu tão bem, mas também tão pouco patrioticamente, como "gauleiter" não lhe oferecerem a recompensa de uma sinecura algures no estrangeiro, e se ele porventura tiver o azar de continuar em Portugal, suspeito que nunca mais conseguirá dar um simples passo na rua sem forte protecção policial.

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