domingo, 7 de dezembro de 2014

É da Joana: quer acabar com os piropos por causa das apalpadelas e da perseguição persistente

 

Um artigo no jornal Púbico, assinado por uma tal Joana Gorjão Henriques, coloca no mesmo saco o piropo, as apalpadelas nos transportes públicos, e o stalking (perseguição persistente). Seria como se defendesse a restrição da liberdade de expressão porque existem discursos de ódio que podem levar à violência física. Será que a Joana pensa, ou anda com o penso?

 

Desde logo, existe stalking (perseguição persistente) feminino, ou seja, de mulheres em relação a homens. E já ouvi, na rua, piropos de mulheres (em grupo) a homens sós. O stalking (perseguição persistente) das lésbicas em relação a mulheres é sistémico e sistemático!, e assume proporções inumanas! Mas os factos não interessam; o assunto “é da Joana”. O que interessa é a vitimização da mulher.

Há que definir urgentemente o que é “assédio sexual” e o que é “sexismo”, antes que cérebros de galinha como o da Joana contribuam para os desígnios de um novo totalitarismo orwelliano que nos espreita.

Segundo a Wikipédia, “sexismo” é o termo que se refere ao conjunto de acções e ideias que privilegiam um determinado sexo em detrimento do outro sexo. Quando a Joana mistura os piropos com stalking (perseguição persistente), está a assumir uma atitude sexista em relação ao homem, na medida em que compara coisas que são incomparáveis: o que interessa à Joana é a repressão — seja cultural, seja mesmo através da lei — de qualquer atitude tipicamente masculina. O que a Joana pretende é que o paradigma comportamental feminino (em juízo universal) seja adoptado pelos homens — e isso é uma forma de sexismo.

Ainda segundo a Wikipédia, “assédio sexual” é um tipo de coerção de carácter sexual praticada geralmente por uma pessoa em posição hierárquica superior em relação a um subordinado (mas nem sempre o assédio é empregador - empregado, o contrário também pode acontecer, normalmente em local de trabalho ou ambiente académico). O assédio sexual caracteriza-se por alguma ameaça, insinuação de ameaça ou hostilidade contra o subordinado tendo por fim um favorecimento de cariz sexual.

¿Onde é que o piropo cabe aqui? Sinceramente, gostaria de perceber as mulheres como a Joana. ¿Qual é o problema dela? ¿Foi violada na infância por um tio? ¿O namorado deu-lhe com os pés? ¿É feia todos os dias? ¿Não ultrapassou a fase narcisista da adolescência e deu em fufa?

Segundo a Joana, o piropo só é legítimo se tiver em conta as expectativas da mulher. Ou seja, o homem tem que saber previamente quais são as expectativas da mulher em relação a um possível piropo:

«A esta altura, ainda não sabe qual é a diferença entre assédio sexual e elogio? Laura Bates explica: “A diferença crucial é a expectativa sobre o resultado. Se alguém faz um elogio a uma pessoa com quem está a conversar, então há uma expectativa legítima de que a pessoa vai gostar.”»

Ora, como é praticamente impossível que um homem possa saber as expectativas de uma mulher (a não ser que se conheçam há muito tempo), esta guerra cultural que inclui o piropo na categoria do “assédio sexual” nada mais é senão uma campanha sensacionalista contra a própria sexualidade.

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