Assim como o sistema político democrático privatiza os lucros da Banca e socializa os seus prejuízos, assim privatiza os comportamentos individuais e socializa as suas consequências.
Em nome da “autonomia individual” vão-se legitimando aberrações comportamentais que se impregnam na cultura antropológica através do Direito Positivo, e cujas consequências terão que ser socializadas.
Por exemplo, a ministra da justiça do Partido Social Democrata defendeu (em discurso directo nos me®dia) a legalização do comércio e consumo de drogas — em absoluta sintonia com o Bloco de Esquerda, diga-se. Por isso é que já não faz grande sentido falar em Esquerda e Direita, mas antes em um “sistema político”, em que gente com um arquétipo mental semelhante, apenas luta pelos privilégios do Poder.
Reduz-se quase tudo a uma questão de Poder. Ou, como escreveu Nicolás Gómez Dávila, “o político democrático nunca diz aquilo em que acredita, mas antes diz aquilo que julga ser eficaz”.
A eficácia do político democrático é sempre a de socializar as consequências dos comportamentos individuais aberrantes tornados legítimos através do Direito — por exemplo, a transformação da sodomia em casamento: quando os índices de propagação da SIDA (e de outras "doenças anais") continuam a aumentar, legaliza-se o "casamento" sodomita ao mesmo tempo que se socializa as suas consequências através da sobrecarga do Serviço Nacional de Saúde.
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