Vemos aqui em baixo duas fotografias: a primeira, a de uma paragem de transportes públicos na Rússia; e a segunda a de uma paragem em um país anglo-saxónico. Obviamente que ambas as imagens reflectem excepções: nem todas as paragens de “bus” são assim nesses países; mas as fotografias dão uma ideia das abissais diferenças culturais existentes entre o Ocidente, por um lado, e a Rússia, por outro lado.
Racionalmente, é impossível defender a superioridade cultural do Ocidente. É esta uma das razões por que o Islão avança pela Europa adentro: o Ocidente perdeu autoridade moral.
Os Estados Unidos estão na frente do movimento de decadência ocidental. Por isso é que surgiu o fenómeno de Donald Trump, que é uma tentativa desesperada (e quase patética) de travar (sem sair do sistema político existente) o que parece ser inevitável: o desabar da cultura antropológica que sustenta o sistema político. A propriedade privada e as convicções religiosas começam a ser colocadas em causa nos Estados Unidos através do judicialismo que substitui a política:
Os Estados Unidos de Obama e comandita representam hoje a frente de Esquerda internacional.
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EliminarParece-me que, no que respeita à Rússia e aos Estados Unidos, você encontra-se em dissonância cognitiva.
http://sofos.wikidot.com/dissonancia-cognitiva
Naturalmente que Putin não é perfeito, e o Obama também não. Não é normal que você exija de Putin um estatuto de perfeição. Por outro lado, você confunde o objectivo e o subjectivo: o que interessa, em Putin e na Rússia, são os factos, ou seja, aquilo que é objectivamente verificável.
¿Será difícil entender isto?!
Não me interessa que você pense que Putin come crianças ao pequeno-almoço, porque se trata de uma subjectividade sua. O que me interessa são as consequências reais e objectivas das políticas de Putin e da Rússia.
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EliminarVocê deve basear-se em factos, e não naquilo que você quer que a realidade seja.
Em política, “os inimigos dos meus inimigos, meus amigos são”.
Por isso é que Putin apoia não só o Syriza como também o Front Nationale de Marine Le Pen. E não me diga, por favor, que o Front Nationale é de extrema-esquerda!
Admira-me que você, que estudou História, não compreenda isto!, e só se justifica por uma dissonância cognitiva em relação aos Estados Unidos. Você não quer admitir que o seu querido Estados Unidos (e os países anglo-saxónicos, em geral) sejam o factor de instabilidade no Ocidente. Você olha para a realidade e recusa-a!
Eu sei que custa admitir factos, mas o facto é o de que os Estados Unidos são o motor da Esquerda moderna que está a destruir a Europa. E não adianta nada o Trump: o terreno está minado.
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EliminarLá vem você com o espantalho! O espantalho da Ucrânia!
Uma parte da população da Ucrânia é russa. Você tem a obrigação de saber isto!
¿Será que você queria que a Rússia ficasse de braços cruzados perante os anseios dos russos da Ucrânia?
Os Estados Unidos e a União Europeia conduziram pessimamente o processo político na Ucrânia — ¿e os russos é que têm culpa?!!!! ¿Você queria que Putin abandonasse os russos da Ucrânia?!!
¿Que nacionalista é você?, que defende que um país abandone os seus nacionais?!
¿O que é que os Estados Unidos fizeram com a Primavera Árabe???!! Grande merda! ¿E será que a culpa da merda que resultou da Primavera Árabe também é da Rússia?!
Valha-me Deus!
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EliminarEu acho que Olivença é portuguesa. Mas isso sou eu, que sou nacionalista.
Você, ao contrário, acha que os russos que viviam desde há muitos séculos na Ucrânia deveriam abandonar as suas terras. E você diz que é nacionalista!
Olivença é dos portugueses, porque lá viviam portugueses até à invasão de Napoleão. Existe um direito histórico que a força bruta espanhola não pode anular.
É falso que Estaline enviou russos para a Ucrânia! Pelo contrário! Durante a grande fome na Ucrânia na década de 1930, Estaline estimulou a saída dos russos daquele território. Os russos estão na Ucrânia desde o tempo dos czares, há séculos!
Penso que não vale a pena discutir consigo. Em si, a emoção suplanta a razão.
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EliminarSe Portugal tivesse o poderio militar russo, Olivença seria portuguesa. Se Portugal tivesse o poder militar russo, eu defenderia, em último recurso e caso as negociações falhassem, uma guerra com Espanha por causa de Olivença. Ponto final. Espero que você tenha percebido.
Você está enganado: não é o Estado que define a nação; em vez disso, é a nação que define o Estado. Você coloca o problema ao contrário (falta de prática). Um nacionalista defende, em primeiro lugar, a nação; e só depois vem o Estado. O Estado é a consequência, e não a causa.
Um nacionalista não é necessariamente um estatista, ou um socialista do PNR (Partido Nacional Renovador).
Várias nações podem juntar-se em um Estado, se os povos dessas nações estiverem de acordo. O que não se pode fazer é impôr coercivamente um Estado a uma nação que não o aceite.
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Eliminar“Se houvesse uma zona de maioria espanhola em Portugal, que também estivesse aqui há séculos e quisesse ser parte de Espanha, o Orlando também apoiaria a anexação de uma parte de Portugal a favor de Espanha?”
Desde logo, Espanha não é uma nação propriamente dita; pode-se dizer que é uma “nação histórica”, o que não é a mesma coisa. Em Espanha existem várias nações. Você escolheu muito mal o seu exemplo. Vamos reformular a sua pergunta:
“Se houvesse uma zona de maioria galega em Portugal, que também estivesse aqui há séculos e quisesse ser parte de Galiza, o Orlando também apoiaria a anexação de uma parte de Portugal a favor da Galiza?”
resposta: claro que sim. É o povo, em concreto, que faz a nação.
O seu arquétipo mental funciona em termos de “Estado”. Eu funciono em termos de “nação”. Por isso é que eu sou nacionalista, e parece-me que você não é nacionalista.
O Estado é o conjunto das instituições – políticas, jurídicas, militares, administrativas, económicas – que organizam uma sociedade num determinado território.
Uma nação é uma comunidade natural em que cada indivíduo se inscreve em função do seu nascimento, da existência de uma História, de uma língua e de uma cultura antropológica comuns.
Se houvesse uma zona de maioria galega em Portugal, que também estivesse aqui há séculos e quisesse ser parte da Galiza, teríamos que respeitar a decisão dessa comunidade da nação galega.
Estamos aqui a discutir assuntos de lana caprina.