segunda-feira, 21 de março de 2016

O Frei Bento Domingues nega os símbolos do Cristianismo, substituindo-os por sinais

 

Quando lemos o que o Frei Bento Domingues escreve, temos que traduzir o texto, ou seja, temos que fazer a hermenêutica (mas não a exegese) do texto, porque ele esconde a sua (dele) intencionalidade nos passos perdidos das palavras.

fbd-2-webO Frei Bento Domingues escreveu este texto em que constata que o mundo está em desordem, para depois concluir que o lava-pés pascal do papa-açorda Francisco a mulheres, a muçulmanos e a refugiados é uma forma de combater a discriminação. Só falta ao papa-açorda Francisco lavar as patas aos ursos polares para assim contribuir para a soteriologia imanente do materialismo ecologista.

A ideia segundo a qual o mundo está em desordem baseia-se no princípio de que o mundo pode ou poderia estar em ordem (o ser humano só conhece a partir de contrários ou opostos). Mas quando os progressistas (como o Frei Bento Domingues) e os me®dia teceram loas à desordem da Primavera Árabe, o Frei Bento Domingues esteve calado — porque a Primavera Árabe era alegadamente uma “desordem boa”. Parece que, para o Frei Bento Domingues, há desordens boas ou más. Mas quando uma alegada “desordem boa” é causa de uma putativa “desordem má”, os progressistas ignoram ostensivamente o nexo causal, e defendem agora uma “ordem boa” em contraponto a uma “ordem má” que é aquela com que não concordam.

O Frei Bento Domingues parece ver o mundo de forma arbitrária, desligada de nexos causais; o bom e o mau são eleitos em função de cada momento (pensamento hegeliano, dialéctico); a História serve para ser desconstruída e para justificar as opções do dia-a-dia.


O Frei Bento Domingues diz implicitamente que Jesus Cristo discriminou as mulheres, e que o papa-açorda Francisco veio ao mundo para corrigir Jesus Cristo. O lava-pés de Jesus aos discípulos é alegadamente uma forma de discriminação sexista, e a missão do papa-açorda Francisco (entre outras) é a de chamar à atenção do povo para a estupidez de Jesus Cristo. O papa-açorda Francisco veio ao mundo para tomar o lugar de Jesus Cristo e fundar uma nova revelação.

O Frei Bento Domingues ignora a diferença entre “discípulos”, por um lado, e “apóstolos” (que podem ser mulheres), por outro lado; e ignora a condição ontológica do homem e da mulher, que são diferentes: não é só uma questão biológica, mas é também uma questão metafísica. Mas a metafísica do Frei Bento Domingues é imanente, e portanto não pode ter em consideração estas nuances esotéricas.

Quando Jesus Cristo escolheu discípulos (homens), não discriminou as mulheres, porque se assim fosse, a própria escolha daqueles (e não de outros) seria uma forma de discriminação — as ideias do Frei Bento Domingues, se levadas às suas últimas consequências, raiam o absurdo —; e porque a diferença entre homem e mulher não é apenas biológica, mas também metafísica (os budistas chamam “Kharma” a esta diferença metafísica, não só entre os dois sexos mas também entre indivíduos). Além disso, a história da Igreja Católica está repleta de apóstolas (mulheres) que assim cumpriram a sua missão na soteriologia transcendente (e não imanente, como a do Frei Bento Domingues).

O Lava-pés tem símbolos, e não sinais. O Frei Bento Domingues (e o papa-açorda Francisco) reduz a cerimónia a um conjunto de sinais. Os símbolos tem uma função esotérica, isto é, não podem ser mudados sem que se mude também aquilo que o símbolo representa (representação). Aos sinais, falta-lhes a participação no conteúdo do representado/simbolizado, porque, em regra, os sinais são escolhidos arbitrariamente (por exemplo, os sinais de trânsito).

A aleatorização da cerimónia do Lava-pés, por parte do papa-açorda Francisco, transforma os símbolos em sinais (escolhidos arbitrariamente), em nome de um conceito de “igualdade” que não pode existir enquanto tal (utopia), porque o sentido de um conceito só é definido por meio da experiência concreta.

Se levarmos o raciocínio do Frei Bento Domingues (e do papa-açorda Francisco) até às últimas consequências, então concluímos que Natureza discriminou o homem em relação à mulher, porque aquele não pode parir — o que é um injustiça imposta por Deus ao homem. A negação dos símbolos cristãos e a sua substituição por sinais conduz ao absurdo.

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