terça-feira, 3 de outubro de 2017

A Rita Silva Avelar, o feminismo e a emasculação do homem

 

A Ritinha escreve o seguinte:

« Nunca dizer que se deve fazer ou deixar de fazer uma coisa por se ser rapariga. Esta é uma das ideias reforçadas por Adichie no seu livro. O mesmo para os rapazes: a formação de estereótipos deve evitar-se na infância. Um dos exemplos dados no livro é o de cozinhar. "Saber cozinhar não é um conhecimento pré-instalado na vagina, cozinhar é algo que se aprende", escreve a autora”. »

Vamos ver a definição nominal de “estereótipo”:

  • Ideia, conceito ou modelo que se estabelece como padrão.
  • Ideia ou conceito formado antecipadamente e sem fundamento sério ou imparcial. = PRECONCEITO
  • Coisa que não é original e se limita a seguir modelos conhecidos. = LUGAR-COMUM

Quando a Ritinha burrinha diz que “a formação de estereótipos deve evitar-se na infância”, apenas defende a formação de tipos diferentes de estereótipos (quando comparados com os ditos “estereótipos tradicionais”: ou seja, ela não deixa por isso de defender a formação de estereótipos).

feminidade e feminismo-web

feminismo actual webVoltamos a cair no mesmo erro romântico da negação da metafísica: é que a negação da metafísica é, ela mesma, uma forma de metafísica. De modo análogo, a negação de estereótipos é uma forma de estereótipo; a negação de determinados padrões é, em si mesmo, um padrão. O que me admira é que os livros feministas sejam lidos por homens que se julgam “inteligentes”.

Todo o ser humano tem preconceitos (incluindo a Ritinha burrinha): a diferença está no preconceito negativo, que é aquele que se transformou em dogma, por um lado, e por outro lado o preconceito positivo que é aquele que está aberto à discussão. O feminismo aliado à Ideologia de Género (defendido pela Ritinha burrinha) assumem a forma de preconceito negativo, uma vez que se transformaram a “igualdade”, em dogma.

Naturalmente que “cozinhar é algo que se aprende”; por isso é que os melhores cozinheiros do mundo são homens (vá-se lá saber por quê !).

O problema tem a ver com a divisão de trabalho, ou com a forma como o trabalho é, ou não é, dividido entre o homem e a mulher. Por exemplo, está cientificamente verificado que uma das razões (senão mesmo a razão principal) da extinção do homem de Neanderthal foi a ausência da divisão de trabalho entre o homem e a mulher: a mulher Neanderthal acompanhava o homem quando este ia à caça, e por isso ela deixava a prole no acampamento (as crianças) abandonada e mal alimentada. A exumação de ossadas comprovou que — ao contrário do que normalmente acontecia com o homo sapiens que dividia o trabalho entre a mulher e o homem — as crianças de Neanderthal eram muito mal alimentadas por causa da ausência sistemática da mãe e da mulher.

Ou seja: o feminismo pretende transformar o Homo Sapiens em Homo Neanderthalensis: desejo muita sorte às feministas — por exemplo, com o advento do Islão na Europa; com jeitinho, converto-me ao Islão para combater o feminismo e para evitar a castração cultural do homem.

O homem idealizado pelas feministas é eunuco.

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« A justiça e a igualdade de direitos são conceitos reforçados por Nuria Varela em Feminismo para Principiantes. Nele, a autora explica que "o contrário da igualdade é a desigualdade, não a diferença; todos e todas somos diferentes e isso é maravilhoso nos seres humanos, mas o problema começa quando sobre essa diferença construímos desigualdades". E é por isso importante, e referindo-se aos filhos, "ensinar-lhes que não sejam indiferentes à injustiça e à desigualdade, para que sejam adultos solidários e comprometidos em tornar o mundo cada vez mais justo". »

A desigualdade injusta não se cura com igualdade, mas antes com desigualdade justa (Nicolás Gómez Dávila).

STOP-opressing-me-feminism-400-webA Ritinha burrinha confunde (como faz toda a Esquerda) “igualdade”, por um lado, com “identidade”, por outro lado. A Ritinha burrinha, mesmo que não tenha consciência disso, é comunista. A igualdade de direitos (ou igualdade cívica e política), isto é, a “igualdade perante a lei”, é diferente da “igualdade social” segundo Karl Marx que a Ritinha burrinha defende.

A “igualdade perante a lei” baseia-se numa ideia de igualdade natural entre os Homens (extenditur ad speciem humanam, et etiam feminis); isto não significa que todos tenham o mesmo Poder ou as mesmas características, mas que têm uma dignidade igual.

Em contraponto, a “igualdade social” que a Ritinha burrinha defende, pretende igualar os meios e as condições de existência, orientando-se em direcção a um igualitarismo totalitário.

O feminismo, à semelhança da Ideologia de Género, é uma ideologia totalitária.

A Ritinha burrinha — tal como acontece com toda a Esquerda — identifica “diferença” com “hierarquia”, quando ela diz que “construímos desigualdades sobre as diferenças”. Sem tirar nem pôr.

A Ritinha burrinha sacrifica a liberdade individual em favor da igualdade; e esse sacrifício da liberdade individual tem como alvo principal as características biológicas endógenas (em juízo universal) do homem enquanto indivíduo e pessoa.

Ela confunde igualdade e identidade — porque a igualdade parte do princípio de que os indivíduos têm uma natureza ou uma dignidade comuns, mas não que são semelhantes em todos os outros aspectos. Igualdade e diferença são, portanto, perfeitamente conciliáveis.

E mais: a Ritinha burrinha não concebe que seja possível distinguir a “igualdade”, por um lado, e a “justiça”, por outro lado: a desigualdade social (ou entre sexos) não é injusta em si mesma, só o sendo quando impede os indivíduos de usufruir os seus direitos naturais (não confundir Direito Natural e Direito Positivo). Perante a desigualdade injusta, impõe-se a “equidade” (entre sexos, por exemplo) , que não é a mesma coisa que “igualdade”.

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