Ler um texto do Pacheco é um exercício penoso; por exemplo, quando ele coloca o Pinochet, o Bolsonaro e o Trump no mesmo saco político.
Esta forma simplista de catalogar a realidade política — “Trump é fassista, tal como o Pinochet era fassista” — é digna de um ideólogo de muito baixa qualidade; de um demagogo em acção política.
É evidente que — em Portugal, assim como no núcleo duro da União Europeia — existe um Totalitarismo de Veludo em construção. Qualquer pessoa com dois dedos de testa se apercebe deste novo fenómeno político a nível europeu. O Pacheco, como bom comissário político do Totalitarismo de Veludo, nega que exista; “no pasa nada”. Mas não só a nível europeu: a actual fumaça política americana (do comprovadamente corrupto João Bidé) não augura grande coisa...
O Pacheco segue o princípio marcuseano de “tolerância repressiva”: a corrupção, à Esquerda (por exemplo, com o João Bidé), deve ser desvalorizada e mesmo escondida dos povos; só a corrupção à Direita deve ser denunciada.
Eu não sei se o Pacheco é burro, ou se assume a sua (dele) ignorância para assim poder tornear a sua dissonância cognitiva. Parece que ele está de tal modo enfarinhado na ideologia que defende, que a realidade remanescente é (por ele) ignorada.
Os argumentos utilizados por ele (no referido texto) são de uma pobreza intelectual extrema — como diria Olavo de Carvalho: “a mente humana é constituída de tal forma, que o erro e a mentira podem sempre ser expressos de maneira mais sucinta do que a sua refutação. Uma única palavra falsa requer muitas outras para ser desmentida.”
Ou seja, para refutar as asneiras enunciadas pelo Pacheco, seria necessário escrever um ensaio com muitas páginas. A criatura não merece tanto; como diz o povo: “não vale a pena gastar cera com tão ruim defunto”.
Concordo com Che Guevara: “ ¡ Esta és una lucha a muerte ! ”. Não é possível qualquer tipo de diálogo com os mentores da ideologia defendida pelo José Pacheco Pereira.
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