sexta-feira, 20 de setembro de 2024

A dignidade do indivíduo é uma impressão digital cristã no barro grego


A “espiritualidade oriental” moderna, tal como a arte oriental dos últimos séculos, é um artigo de bazar. Para o conceito budista de “compaixão”, o indivíduo é apenas uma sombra que se desvanece [no nirvana].


No Islamismo (enquanto doutrina) não existe a noção cristã de “compaixão”: existe, outrossim, a lei que impele e impõe o perdão:  o perdão islâmico decorre da lei islâmica (Sharia). O Islamismo é uma religião formatada em lei para disciplinar psicopatas.

A dignidade do indivíduo, enquanto tal, é uma impressão digital cristã no barro grego.

Podemos definir “indivíduo”, segundo o Cristianismo, como “ser existente que é transparente apenas a Deus”.

O princípio da individuação, na sociedade, está subjacente a uma cultura de crença na alma — e a alma é “quantidade” que decresce à medida que mais indivíduos se agrupam.

Para se transformar em “pessoa”, o indivíduo necessita que exista uma norma rígida, por um lado, e, por outro lado, que o cumprimento dessa norma seja livre (livre-arbítrio) — e estas duas condições só foram civilizacionalmente garantidas pelo Cristianismo na cultura antropológica da cristandade.

Os indivíduos, na sociedade actual secularizada e descristianizada, são cada vez mais parecidos uns com os outros, mas cada vez mais estranhos entre si.

Portanto, a ideia de que “a compaixão é produto de uma qualquer cultura antropológica”, é falsa.

De modo semelhante, é erróneo o conceito segundo o qual uma educação escolar baseada nas artes, só por si, induz a compaixão nas crianças.

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