O paradoxo da tolerância, de Karl Popper — exposto aqui pela professora Helena Serrão — pode ser interpretado ipsis verbis como o princípio da “tolerância repressiva” do marxista Marcuse e da Escola de Frankfurt: tudo o que vem da Esquerda deve ser tolerado, e tudo o que vem da Direita não deve ser tolerado.
Por isso é que o paradoxo da tolerância de Karl Popper é extremamente perigoso, e está na génese do Wokismo actual e dos puritanos actuais.
A tolerância é um princípio da razão que assenta sobre a ideia do exame livre tendo em vista a procura da verdade.
O que acontece é que o exame livre (da realidade) tendo em vista a procura da verdade está a ser colocado em causa por uma elite, e em nome da “tolerância” — muitas vezes, os que reivindicam para si mesmos o epíteto de “tolerantes” são os que proíbem ou inibem a procura racional da verdade: são os novos puritanos.
A repressão política arbitrária em nome da “tolerância” é extremamente perigosa, e liga Karl Popper à Escola de Frankfurt e/ou a George Soros.
Isto deveria ser ensinado na disciplina de filosofia.
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