domingo, 15 de fevereiro de 2015

A historiadora francesa Marion Sigaut desconstrói o mito de Voltaire

 

 


Uma mulher inteligente. Nem tudo está perdido.


Entretanto, Theodore Dalrymple escreve um artigo com o título “Viva Voltaire” para defender as posições de liberdade de expressão do jornal Charlie Hebdo. Há aqui uma contradição “liberal”: por um lado, a França precisou de imigrantes e importou muçulmanos em barda; mas por outro  lado insulta-se a religião dos muçulmanos em nome da “liberdade de expressão”.

Imagine o leitor que eu pedia dinheiro emprestado a um amigo e depois dizia em público que ele era  um avarento e um cínico. Por um lado, precisei dele; mas por outro  lado coloco o nome dele na sarjeta.

Portanto, ao contrário do que defende Theodore Dalrymple, são os franceses que são hipócritas e não os anglo-saxónicos. Quando nós convidamos alguém para nossa casa, é a pessoa inteira que é convidada, e não apenas uma parte da pessoa que nos interessa.

A posição eticamente correcta seria a de não convidar uma pessoa para nossa casa se soubéssemos à partida que a idiossincrasia dessa pessoa seria incompatível com a nossa.

Não tenho nada contra o facto de se criticar o Islão em nome da liberdade de expressão — pelo contrário: eu não tenho feito aqui outra coisa! Mas então não abram as fronteiras à  imigração islâmica.

O que não faz sentido é convidarmos um muçulmano a entrar no nosso país e depois dizermos que a religião dele é uma merda. Esta humilhação gratuita também faz parte do politicamente correcto “liberal”. Mais vale, então, colocar entraves à  imigração islâmica para que possamos criticar o Islão em coerência política, intelectual e ética.

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