quinta-feira, 26 de março de 2015

A Maria João Marques e “as barrigas e peitos de aluguer”

 

Pela minha experiência, parece-me que as pessoas nascidas depois de 1970 apresentam fortes tendências para a sociopatia (não confundir com psicopatia). Por exemplo, é normal no Twitter aparecerem anuências a imagens deste tipo:

gerações-de-urano

¿O que está errado nesta imagem? Uma pessoa nascida depois de 1970 (as “gerações de Urano”), regra geral, não saberá dizer. E dirá mesmo que concorda com a mensagem subliminar ou explícita da imagem. Se o leitor detectar alguma coisa de errada na imagem (do ponto de vista ético), deixe um comentário; se não, não se preocupe porque faz parte das “gerações de Urano”.


“Mas, em boa verdade, uma gravidez resultante de um preservativo que se rompeu num caso de uma noite também não é romântica. E um casal com problemas de fertilidade que se dedica mês após mês ao método tradicional de concepção de crianças acaba usando mais teimosia e voluntarismo do que desejo ou romantismo. Mais: o casamento por amor é uma realidade com pouco mais de um século e sempre houve numerosos filhos fora do casamento; não vale a pena exigirmos agora purismos às concepções que quantas vezes ocorreram distantes do ideal.”

Maria João Marques

Uma noite de amor em que o preservativo se rompe ¿deixa de ser uma noite romântica? E uma possível gravidez que advenha dessa noite romântica ¿já não é romântica porque o preservativo se rompeu?

A sociopatia da Maria João Marques e das gerações de Urano impedem qualquer análise objectiva que não seja a libertação da uniformidade a todo o custo, mesmo à custa do mais abstruso irracionalismo. O irracionalismo voltou a estar na moda. Nas gerações de Urano, os processos de separação em relação à sociedade e de individualização face ao colectivo implicam uma necessidade de marginalização que é erradamente tomada como “originalidade”.

E tal como na imagem acima, faz-se uma comparação entre coisas que não são comparáveis: os filhos fora do casamento, no neolítico como no século XXI, são feitos entre duas pessoas de sexos diferentes que se amaram, em princípio, em uma qualquer noite de amor, mesmo à custa do preço da infidelidade conjugal. Comparar o mal ético da infidelidade conjugal, que é amor apesar de tudo, por um lado, com o mal ético da inseminação in vitro ou com uma barriga que é alugada como se aluga um automóvel — só pode vir de uma mente sociopata das gerações de Urano.

1 comentário:

  1. Apesar do patente erro ético, a imagem da esquerda nem sequer me choca, só me dá repulsa.

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