Caras e caros compatriotas e compatriotos!
Assistimos neste país a um mal moral generalizado que consiste em os pescadores matarem minhocas para pescar à beira-rio. Por isso, e à semelhança do que aconteceu com o movimento de defesa do caracol (caracol!, amigo!, o povo está contigo!), resolvi fundar o movimento de defesa das minhocas.
A minhoca é um ser senciente. Ao contrário do que acontece com o embrião e fetos humanos, a minhoca sente dor, medo, e emoções em geral. Matar uma minhoca espetando-a num anzol deve ser considerado crime de empalamento. ¿Será que você gostaria de ser empalado?! A perspectiva de lhe ser espetado um pau no cu pode ser agradável para alguns, mas para a minhoca significa a morte. As minhocas não são gays.
Assim como há, segundo a norma ortográfica vigente, espetadores imorais que assistem à tourada, assim há espetadores imorais que espetam as minhocas.
Já convidei o Ricardo Araújo Pereira e o Nuno Markl para fazerem um vídeo de apoio ao movimento de defesa da minhoca.
Matar uma minhoca é uma manifestação cultural anacrónica e preconceituosa de especismo: é considerar que um ser humano é superior a uma minhoca, o que não é verdade. Este fenómeno cultural de domínio do homem branco heterossexual sobre a minhoca, tem que acabar, em nome do progresso da humanidade. Ao contrário do que acontece com a mulher que tem o direito de fazer do corpo o que quiser, o homem branco heterossexual não tem o direito de fazer da minhoca o que que quiser!
É óbvio que a culpa é de Passos Coelho! De tanto minhocar sobre a vida, o povo tem a tendência para passar mais tempo na pesca. Aliás, a pesca deveria ser proibida: deveria ser obrigatório comprar o peixe na peixaria, onde o peixe não é pescado.
Viva a minhoca! A luta continua! Abaixo Passos Coelho! Viva a revolução das minhoquices!
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