A lógica do Anselmo Borges em relação aos “refugiados”

 

“A política de acolhimento de refugiados e outros não pode dar azo ao incremento da extrema-direita política, com incitamentos racistas e xenófobos. Aí está a necessidade de atacar os traficantes de pessoas e a atenção a possíveis infiltrações jihadistas”.

→ Anselmo Borges

A preocupação do Anselmo Borges é a “extrema-direita”; se fossem possíveis atentados bombistas islamitas na Europa sem o incremento da “extrema-direita”, o Anselmo Borges estaria na paz dos deuses. Que morra gente na Europa às mãos dos atentados terroristas islamitas, ainda se tolera; mas que exista um incremento da “extrema-direita”, é uma heresia para o Anselmo Borges.

Só existe a necessidade de “atacar os traficantes de pessoas” por causa do incremento da “extrema-direita”. Se não existisse o perigo do incremento da “extrema-direita”, o traficantes de pessoas poderiam actuar à vontade. O verdadeiro problema do Anselmo Borges é a “extrema-direita”.

Foi exactamente assim que raciocinou a elite política social-democrata da república de Weimar na Alemanha antes da ascensão de Hitler ao Poder em 1933: o problema objectivo da política alemã era o de impedir o “incremento da extrema-direita”, em vez de se resolverem realisticamente os problemas do país. E depois foi o que se viu.