Chego a sentir pena do Frei Bento Domingues, do Bispo Torgal Ferreira, do Anselmo Borges, e de outros; pena, como a que se sente em relação a gente inconsciente, gente a quem Jesus Cristo se referiu, dizendo: “Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem!”.
Vamos chamar, a essa casta de gente, de “católicos gnósticos”, porque se julgam acima do povo ignaro que vai a Fátima manifestar a sua fé.
Os “católicos gnósticos” têm o conhecimento que lhes permite “pairar” acima do comum dos católicos (são os Pneumáticos da modernidade do Concílio do Vaticano II e da Nova Teologia), fazer-lhes críticas desveladas, tratá-los como animais irracionais — enquanto se auto-outorgam a capacidade sobranceira de fazer juízos metafísicos definitivos sobre todo e qualquer fenómeno ou facto da Igreja Católica.
O Torgal Ferreira — o Bispo vermelho, comunista inveterado, hipócrita marxista — terá afirmado:
“Não quero exagerar e dizer que é idolatria, mas o facto de a fé das pessoas em Nossa Senhora se prender tanto com uma imagem, que até vai pelo mundo, em digressão, obriga-me a perguntar: será que não educámos mal o povo? Escandaliza-me que as pessoas só rezem àquela imagem, que se despeçam dela a chorar, na Procissão do Adeus. Eu nunca me despeço de Nossa Senhora, porque ela está sempre comigo. Aquilo para mim não é nada, é um pedaço de barro!”
¿Como é possível que aquela mente não compreenda o que nos parece evidente?
Seguindo o raciocínio do Bispo Torgal, a cruz de Cristo de cada igreja é um pedaço de madeira — “Aquilo não é nada!: é um pedaço de madeira!”, diria o Bispo. Aliás, nem sei o que está a fazer o madeiro na igreja, porque Jesus Cristo está sempre comigo, e eu nunca me despeço da cruz de pau quando saio da igreja.
¿Por que razão és idiota, Torgal? ¿Por que não vais à bardamerda e nos deixas em paz?!
- Pergunta: ¿O fenómeno de Fátima transformou-se em negócio para muita gente? (hotéis, restaurantes, etc.).
- Resposta: Sim, é verdade.
Mas não devemos ser estúpidos — como o Torgal e o Anselmo Borges — e confundir o cu com as calças.
Os estúpidos pretendem criticar o fenómeno de Fátima; mas, em vez disso, criticam o negócio à volta do fenómeno de Fátima, julgando que, dessa forma, criticam também o fenómeno de Fátima — como é o caso do atoleimado e senil Padre Mário de Oliveira; ou seja, incorrem na falácia lógica Ignoratio Elenchi, que consiste em querer provar a veracidade de um argumento ou de um facto, mas em vez disso, o raciocínio da argumentação chega a um conclusão que não prova o facto ou a situação que se pretendia; ou então, prova outra coisa qualquer.
Em bom português, quando nos deparamos com a falácia Ignoratio Elenchi, normalmente dizemos que “o cu não tem nada a ver com as calças”. Pois não tem nada a ver (directamente) o negócio de Fátima, por um lado, com o fenómeno religioso de Fátima que teve origem em 1917, por outro lado.
Não é racional que se critique o fenómeno religioso de Fátima mediante a crítica ao negócio à volta de Fátima. “O cu não tem nada a ver com as calças”.
Até o Islamismo, que se diz iconoclasta, tem um livro como símbolo (o Alcorão) religioso; esse símbolo do Alcorão existe por si mesmo, e não depende directamente do seu conteúdo que assume outras formas simbólicas. Para que o muçulmano iconoclasta fosse totalmente coerente, teria que abolir também o símbolo do livro alcorânico — porque, de facto, os maomedanos adoram Alá através do livro Alcorão que é, em si mesmo, um símbolo.
O símbolo é a intermediação; neste caso, o Alcorão é um símbolo, é a intermediação da fé dos maomedanos.
É tão iconoclasta o muçulmano que “adora” o livro Alcorão para “chegar” a Alá (tentem queimar um livro do Alcorão em frente a um muçulmano, a ver o que dá), como é iconoclasta o católico que “adora” a imagem de Maria para “chegar” a Jesus Cristo. São ambos, símbolos.
O que nos interessa saber, em qualquer religião, é o valor do símbolo — o que vale o símbolo, qual é o valor da sua representação e do seu representado, se esse valor é positivo ou negativo, pior ou melhor.
E o que deve preocupar os católicos é a sanha anticatólica de alguns “católicos gnósticos” infiltrados no Poder do Vaticano por intermédio do papa Chiquitito, cuja sapiência teológica dispensa a simbologia na prática religiosa. São os novos iconoclastas puritanos.
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